Procurar
Close this search box.

Subida de passageiros nos transportes urbanos da Covilhã

Na Covilhã, segundo a Transdev, que gere o Sistema de Mobilidade da cidade, no primeiro semestre deste ano, e comparativamente ao ano passado, o número de passageiros a usar transportes públicos urbanos aumentou cerca de 38 por cento. Foi esta a garantia deixada na passada semana pelo CEO da empresa, Sérgio Soares.

“Tivemos uma subida de 38 por cento em relação ao mesmo período do ano passado” disse o responsável, que adiantou ainda que a nova linha que serve a UBI teve, no mesmo período, um aumento de 58 por cento.

Já a linha do Serra Shuttle, que faz ligação às Penhas da Saúde e Torre, na Serra da Estrela, transporte, todos os meses, cerca de 1200 pessoas.

Sérgio Soares recorda que a Covilhã, pela sua orografia, de grandes declives, é complicada no que diz respeito à mobilidade. “Estamos numa cidade que não podia ser mais difícil” reconhece, embora elogie o trabalho que tem sido feito. “Este sistema da Covilhã é muito inovador. Usamos muitas vezes como o exemplo do que dever ser a mobilidade urbana numa cidade de média dimensão. É dos melhores sistemas do país” vinca.

O CEO da Transdev revelou ainda que a aplicação associada ao sistema teve cerca de 4500 descargas nas últimas semanas e realça que a Covilhã foi, com uma antecipação de seis meses, a primeira cidade onde é possível, através do Google, seguir um autocarro em tempo real. “Na Covilhã há bons resultados” assegura.

 

Aptidão de 41 por cento para bicicletas elétricas

 

Bertha Santos, docente da UBI, apresentou um estudo sobre a mobilidade na cidade que revela que a Covilhã tem 41 por cento do território com aptidão para usar bicicletas elétricas, um número que desce bastante se se tratar de bicicletas convencionais: 26 por cento.  Já em termos pedonais, apenas 16 por cento do território é adequado a que se ande a pé. No entanto, a docente frisa que face a alguns investimentos, como pontes pedonais, elevadores e funiculares, andar a pé é uma opção cada vez mais viável.

Isabel Matias, chefe de divisão de planeamento da Câmara, amite que os declives acentuados, as grandes amplitudes térmicas e a resistência cultural são obstáculos à adoção de novas formas de mobilidade. “Há ainda um certo preconceito quanto à mobilidade suave” afirma, apontando que a autarquia terá que aposta numa estratégia de comunicação que “estimule mais a população” a usar, no quotidiano, bicicletas elétricas ou trotinetes.

Vítor Pereira reconhece que a Covilhã é um local “com uma orografia que representa um desafio” em termos de transportes, mas que, por exemplo, as bicicletas são “ideias para percursos mais curtos” e que deseja que este meio de transporte “passe a fazer parte do quotidiano dos conterrâneos”.

A autarquia aderiu na passada semana à Rede de Cidades e Vilas que Caminham, num protocolo assinado com a presidente desta entidade, Paula Teles.

VER MAIS

EDIÇÕES IMPRESSAS

PONTOS
DE DISTRIBUIÇÃO

Copyright © 2024 Notícias da Covilhã