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Barulho no Jardim Público é assunto de “difícil resolução”

Miguel Almeida possui, bem perto do jardim público da Covilhã, uma unidade hoteleira que, garante, tem perdido clientes devido ao barulho que se faz sentir naquele local à noite, em especial, no Verão. E na passada sexta-feira, 22, foi à reunião pública do executivo covilhanense pedir que se faça algo, uma vez que considera que na base deste fenómeno estão os horários atribuídos pela autarquia a um estabelecimento ali existente, que vende bebidas e tem ali uma esplanada.

“O sossego no jardim tornou-se um privilégio. O prejuízo tem sido incalculável, face ao ruído, que afasta clientes. Onde estão os planos de ruído? Quem oferece um horário de 24 horas a um estabelecimento que funciona como esplanada e tem colunas de som ao ar livre entre dois hotéis numa zona residencial?” perguntou o empresário, que também alertou para o barulho provocado pela iniciativa “Até os Santos Dançam” que decorre “ao longo de cinco fins-de-semana nos quais é impossível alugar quartos devido ao barulho e ruído”. Aqui, Miguel Almeida diz não ser contra a iniciativa, mas sugere a sua redução para dois fins-de-semana.

Vítor Pereira ouviu as queixas e admitiu que se está perante uma “situação delicada”. Se, por um lado, “comprimirmos muito um horário, matamos esse estabelecimento. Se alargamos, prejudicamos o outro” admite, recordando também que no que toca ao estabelecimento em causa se está ainda durante o período experimental de redução de horário, numa situação que está a ser estudada. O autarca questiona se mesmo reduzindo mais o horário “não irá permanecer o foco de ruído e perturbação”, e que a situação tem na sua génese, mais que o horário, a falta de “civismo e respeito pelos outros por parte de quem frequenta aquele espaço e o jardim público”.

O autarca admite que o “direito ao repouso” é “de todos”, mas lembra que a Covilhã é uma cidade “viva, com convivência activa”, onde estão mais de 8600 alunos do Ensino Superior, pelo que é “difícil gerir este equilíbrio”, entre quem se diverte e quem quer descansar.

No que toca à iniciativa “Até os Santos dançam”, promovida pela Banda, em colaboração com outras entidades, o autarca refere que “esta é uma tradição muito arreigada na Covilhã, mas ainda assim está a estudar-se a redução de horário da iniciativa”.

Recordar que sobre esta matéria a autarquia aprovou, em Novembro, a redução do horário de funcionamento da esplanada em causa, com o encerramento a passar das 6 para as 4 da manhã, por um período experimental de 6 meses.

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