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Beiras e Serra da Estrela conta ter no futuro 700 fogos de habitação acessível

A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) assinou ontem, no Fundão, um acordo que visa reabilitar e construir de raiz cerca de 700 fogos para habitação acessível na região.

O protocolo assinado com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana implica um investimento de 82 milhões de euros, que irão garantir a reabilitação ou construção de raiz de 700 imóveis nos concelhos que fazem parte da CIMBSE, afirmou o presidente da comunidade intermunicipal, Luís Tadeu.

A cerimónia, que decorreu no edifício da antiga Moagem do Fundão, contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e da ministra da Habitação, Marina Gonçalves.

Para o presidente da CIMBSE, a região precisa “de ter espaços de habitação que desafiem nacionais ou estrangeiros” para irem trabalhar para aquele território, contribuindo ao mesmo tempo para a reabilitação dos centros das cidades e vilas. O investimento ganha outra importância face a um território que “ou não tem mercado de arrendamento ou é muito diminuto”, não havendo oferta de apartamentos ou casas a arrendar a preços acessíveis que permitam aos jovens “estabelecerem as suas vidas” naquela região, sustenta Luís Tadeu, também presidente da Câmara de Gouveia.

Segundo o autarca, face a um parque habitacional degradado e com reduzida oferta no mercado de arrendamento, os concelhos acabam por sentir a perda de jovens que se deslocam para outros concelhos por não encontrarem “possibilidades de habitação” nos municípios que fazem parte da CIMBSE.

Para o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, este projecto de aumento do parque habitacional público a rendas acessíveis vai permitir recuperar casas ou construir em espaços vazios em zonas consolidadas das malhas urbanas das cidades daquela comunidade intermunicipal. Admitindo que não é possível mudar “as questões de baixa ou média densidade no espaço de uma década”, o autarca vincou que o facto de hoje o País não olhar “para o dito Interior” com uma perceção de valor negativa, “mas com uma percepção de valor positiva” permite olhar para o futuro com algum otimismo quanto ao que o território poderá oferecer.

António Costa marcou presença na assinatura do acordo, no âmbito do programa “Governo Mais Próximo”, que decorre ainda esta quinta-feira, com mais de 40 iniciativas, em dois dias, pelo distrito de Castelo Branco, onde estão presentes membros do executivo.

 

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