É já um cartaz cultural que se repete, ano após ano, em Almeida, vila que fica bem junto à fronteira com Espanha, no distrito da Guarda. E que, a partir da próxima sexta-feira, 25, e até domingo, 27, regressa. O Cerca de Almeida, promovido pela autarquia local, vai contar com mais de 500 recriadores de várias nacionalidades que darão corpo à recriação do cerco ocorrido durantes as invasões francesas.

Os recriadores portugueses, espanhóis, ingleses, polacos e belgas recriam, durante três dias, diversos episódios históricos para evocar os ataques das tropas francesas que queriam entrar em Portugal em 1810. Do programa com diversas atividades histórico militares destaca-se o combate na noite de 26 de agosto, no revelim de Santo António, que recorda o cerco à praça-forte pelas tropas de Massena até a explosão do paiol de pólvora. Um episódio que levaria à capitulação de Almeida. Durante o evento estará recriado um acampamento militar, haverá diversas oficinais para famílias, momentos musicais, espetáculos de teatro e um mercado oitocentista.

O presidente da Câmara Municipal de Almeida, António Machado, diz que “as expectativas são elevadas” para estes três dias, não só porque se tem “assistido a uma procura cada vez maior de recriadores para participar” como também por ser já um “evento consolidado”.

“Temos mais de 500 recriadores. É um número elevado de recriadores. Estamos a contar que haja uma afluência grande a este evento”, sublinha o autarca. António Machado sustenta que é um evento que “não mexe apenas com a economia local, mas também com a economia regional”. E admite que Almeida, “infelizmente não tem oferta suficiente, nem de restauração nem de dormidas. E por isso vai ocupar-se regionalmente toda a hotelaria mais próxima, desde a Guarda até Ciudad Rodrigo [Espanha]”. “Estamos também na senda de conseguir que haja mais investimento nessa área no concelho”, ressalva o autarca.