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Colectividades sem Marchas e preocupadas com a incerteza

No período em que contavam ter mais vida, as colectividades não só não puderam avançar com a preparação das Marchas Populares como viram as sedes encerrar, perderem todo o movimento, tiveram de cancelar todas as actividades, perderam fontes de receita e encontram-se na expectativa de saber quando podem voltar a ser espaços agregadores, onde gerações convivem.

Este ano os arcos não chegaram a ser construídos, os fatos não foram feitos e os exaustivos ensaios para as Marchas não começaram. Faltou a mobilização de largas dezenas de pessoas, durante três meses, a trabalharem e a criarem uma dinâmica muito própria nas agremiações que iriam participar no evento que teria saído à rua nos dois últimos sábados.

A iniciativa “foi travada a tempo” de evitar investimentos avultados. Em todas as colectividades estava pronta a letra e a música, escolhido o tema, contactadas as pessoas, idealizados os figurinos, mas a covid-19 impediu que tudo o resto se concretizasse.

“Perdeu-se muita coisa. Sem as marchas, perdeu-se muita da alma nas associações, perdeu-se o entusiasmo, o empolgamento, todo o movimento que geram”, realça Miguel Rebelo, presidente do Académico dos Penedos Altos. “As marchas são muito importantes para dinamizar as colectividades. Dá-lhes uma vivência maior, um ambiente familiar, trazem gente que vive fora e não costuma vir à sede. As marchas têm uma energia que liga as pessoas”, considera Francisco Mota, responsável do Oriental de São Martinho. “É uma coisa muito agregadora”, vinca Miguel Ribeiro, do Vitória de Santo António.

O veterano dirigente associativo Elias Riscado, da Mata, emblema co-organizador das Marchas da Covilhã, em parceria com o município, sublinha terem tido dois sábados “muito diferentes” do que esperavam e não assistiu ao habitual frenesim “do entra e sai” nos meses anteriores.

 

(Mais informação na edição impressa do NC).

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