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Desagregação de freguesias aplaudida na Assembleia Municipal

Foi por unanimidade, seguido de um aplauso em pé, que os eleitos na Assembleia Municipal da Covilhã aprovaram as quatro propostas apresentadas para a desagregação das uniões de freguesias de Peso/Vales do Rio, Casegas/Ourondo, Barco/Coutada e Cantar-Galo/Vila do Carvalho, assim como a criação de oito freguesias independentes.

O parecer acompanhou as decisões, também unânimes, das respectivas assembleias de freguesia e da Câmara Municipal da Covilhã. O processo segue agora para a Assembleia da República, que terá a decisão final.

Na sessão intervieram dois presidentes das uniões de freguesias presentes: Rui Amaro, também delegado distrital da Associação Nacional de Freguesias, e César Craveiro, que pediram que seja respeitada a vontade das populações.

Para o presidente da União de Freguesias do Peso/Vales do Rio, a agregação, em 2013, foi “uma opção legislativa errada, que penalizou as populações” e salientou estarem “reunidos os requisitos legais”, em “total conformidade para a desagregação”.

César Craveiro, autarca de Ourondo/Casegas, manifestou a “vontade inequívoca de reverter o que foi um erro manifesto”, a vontade em “separar o que a lei juntou” e salientou estar-se a “escrever um novo capítulo na história das populações de Casegas e Ourondo”.

Pelo PSD, Jorge Vaz, afirmou trata-se de ter “o poder mais próximo das populações”, em “coerência” com o que o seu grupo sempre defendeu.

Vítor Reis Silva, do PCP, recordou que o partido sempre se manifestou contra a agregação de freguesias, que considerou ser “um ataque à democracia” e acentuou ter a expectativa que a Assembleia da República aprove a criação das novas freguesias, unidas administrativamente em 2013 sem o aval das populações. O representante comunista pediu ainda que o prazo para o processo seja alargado por mais um ano, para tornar possível que mais uniões de freguesia se possam “divorciar de um casamento que nunca desejaram”.

João Casteleiro Flores, do PS, considerou estar-se perante um “momento histórico”, em que se está prestes a “devolver” o poder às populações e a “corrigir uma injustiça”, vincando que “a coesão territorial não se faz através da agregação de freguesias”. O eleito socialista endereçou um “reconhecimento especial às gentes” das quatro uniões de freguesia, por se mostrarem “exemplarmente unidas no divórcio, facilitando a concretização da reposição da autonomia”.

Pelo movimento De Novo Covilhã, Vítor Tomás Ferreira, antigo presidente da Junta de Freguesia de São Martinho, na Covilhã, frisou a sua posição na defesa da agregação das freguesias urbanas, uma opinião contrária ao que preconizava para as freguesias rurais, e destacou a importância de “dar voz aos cidadãos”, postos numa situação contra a sua vontade.

Também o CDS, pela voz de António Freitas, justificou o seu voto favorável por estar “ao lado das populações”.

 

 

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