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Desperdício paga-se caro

Sem dominar o jogo, o Covilhã teve mais oportunidades de golo que o adversário, que aproveitou falha de Makaridze para levar três pontos e assumir liderança da prova

Quem muito falha, paga caro. Uma máxima do futebol de que o Sporting da Covilhã foi expoente máximo no passado domingo, 18, ao início de noite, em jogo da segunda jornada da fase de subida da Liga 3, em que perdeu, no Santos Pinto, por 0-1, frente ao agora isolado líder (tem seis pontos), Lusitânia de Lourosa.

Num jogo em que a equipa nortenha, que apresentou bons argumentos, teve mais posse de bola que os serranos, a verdade é que foi a equipa covilhanense quem dispôs de mais oportunidades de golo que foi, sucessivamente, desperdiçando. Ora por inoperância dos homens mais adiantados no terreno, ora pelas excelentes intervenções de José Costa, guardião de 29 anos, com formação feita no Benfica.

O Lourosa entrou no Santos Pinto a pegar no jogo, melhor sobre as quatro linhas, frente a um Covilhã mais expectante. Certo, porém, é que logo aos sete minutos, os serranos poderiam ter aberto o marcador. Nuno Tomás (boa exibição) descobriu na ala esquerda Gildo, que ganhou a linha, cruzou atrasado para a área onde Zé Tiago, completamente solto de marcação, atirou por cima. Cinco minutos depois, jogada pela direita do Covilhã, cruzamento de Traquina para a área onde Opeyemi, de cabeça, em salto de peixe, viu a bola ser tirada da linha de golo por Mesquita. Na sequência do canto, mais uma oportunidade, num remate perigoso de Renato Soares, ao lado da baliza. E aos 15 minutos, novo aviso de João Vasco, a rematar forte, fora da área, com a bola a rasar o poste. Ou seja, apesar da maior posse de bola dos nortenhos, os beirões, sempre que se aproximavam da baliza, criavam perigo. E iam desperdiçando. Aos 21 minutos, num livre a meio do meio-campo, Gildo bateu de pé esquerdo para a área, ninguém conseguiu desviar, e a bola quase iludiu José Costa, passando de novo bem perto da baliza.

O primeiro sinal de perigo do Lourosa surgiu apenas aos 25 minutos. Boa jogada na direita, assistência para o interior da área onde Mika Borges remata para uma excelente defesa de Makaridze, que depois de uns primeiros 45 minutos em grande, nos segundos, tremeu. Até final da primeira parte, mais três lances dignos de registo: aos 34 minutos, grande defesa de José Costa a remate de Renato Soares, já na área, descaído sobre a esquerda, após lançamento de linha lateral, e na sequência do canto, novo remate do médio brasileiro (o mais rematador no Covilhã, e a mostrar que é mesmo reforço), com a bola a rasar o poste; e aos 45, defesa segura de Makaridze, a um livre bem executado por Mika Borges.

Makaridze a comprometer

Na segunda parte, a toada manteve-se: Lourosa com mais bola, Covilhã mais expectante. Porém, agora, os nortenhos aproveitaram uma das únicas chances de golo. Lance, aos 52 minutos, com Jefferson Nem a rematar de fora da área, e com o guardião georgiano dos serranos a largar a bola para a frente, surgindo Fábio Fortes (avançado cabo-verdiano que em 2015/16 passou, com sucesso, pelo BC Branco) a desviar para o fundo das redes, apesar dos intentos de Nuno Tomás em travar o avançado. Um lance a que se seguiram mais dois de golo eminente para o Lusitânia. Aos 62 minutos, Makaridze, a tentar construir com os pés desde trás, coloca a bola num adversário, e quando Jefferson Nem se preparava para faturar, Gildo, vindo de trás, tira o “pão da boca” ao atleta nortenho; aos 65 minutos, golo anulado ao Lourosa, por fora de jogo milimétrico.

Alex Costa, tentando mudar o rumo dos acontecimentos, reforçou a frente de ataque com Elijah, vindo de lesão, e Chico Cardoso. E mesmo que, por vezes, sem grande esclarecimento, o Covilhã poderia ter empatado, o que, diga-se, seria mais justo face aos acontecimentos. Chico Cardoso ameaçou, num remate ao lado, pouco depois foi o central Marcos Valente a, de cabeça, desviar um cruzamento de Traquina que ia direitinho para a cabeça de Elijah, e aos 88 minutos, foi o guardião do Lourosa a impedir o empate serrano. Cruzamento bem medido para o interior da área, onde Elijah, de cabeça, proporciona enorme defesa ao guardião contrário, que assim segura os três pontos para a sua equipa.

Ao fim de duas jornadas, o Covilhã é penúltimo, com um ponto, tantos quanto o Atlético, a cinco da liderança, do Lusitânia de Lourosa, e a dois dos segundos, Varzim e Braga B. A equipa arsenalista é o próximo adversário dos serranos, fora, no próximo sábado, às 18 e 30.

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