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Estudo da UBI aponta o Chega como o que tem mais seguidores nas redes sociais

“Radar das Legislativas” analisa a presença de partidos políticos que concorrem às eleições legislativas do próximo domingo nas redes sociais

O Labcom – Comunicação & Artes da Universidade da Beira Interior desenvolveu um estudo que analisa a presença dos partidos políticos que concorrem às Legislativas 2024 na Internet, em especial nas redes sociais. E concluiu que, de um total de 2,1 milhões de seguidores de partidos nas redes sociais, o Chega é quem tem mais seguidores, com um total de 590 mil, embora não liderando em todas as plataformas.

O estudo, intitulado “Radar das Legislativas”, foi divulgado na segunda-feira, é da autoria de João Canavilhas e Branco Di Fátima, e mostra como os líderes políticos aproveitam a esfera pública digital para chegarem a mais eleitores. O trabalho resulta da compilação de mais de 11,6 mil publicações e 10,2 milhões de interações nas plataformas mais utilizadas pelos portugueses: Facebook, Instagram, Youtube, Tiktok e X. Os dados abrangem o período entre 9 de novembro de 2023 (data da dissolução da Assembleia da República) e 19 de fevereiro de 2024 (fim dos debates televisivos entre os líderes partidários.

No período analisado, os partidos fizeram 6.251 publicações nas redes sociais, com o Facebook a constituir-se como a plataforma com maior atividade. O PCP é o partido que mais fez publicações no período analisado (1.463). O resultado do total de publicações foram 4 milhões de interações totais, com destaque para o Facebook e o Instagram. O Chega é o partido que melhor mobiliza os seus seguidores, alcançando mais de 2,3 milhões de interações. Outra conclusão global é a visualização de vídeos, com o maior número a acontecer no TikTok, com mais de 2,5 milhões de views. Os partidos com maiores índices de visualização são o Chega e o Bloco de Esquerda.
“Radar das Legislativas” faz também a análise de todas várias redes sociais, divididas nas secções “Página dos Partidos”, “Seguidores”, “Crescimento do Número de Seguidores”, “Total de Publicações”, “Total de Interações”, “Publicações em Destaque”, “Eleições nos Media”, “Espaço Mediático dos Líderes” e “Dez palavras mais associadas ao nome dos líderes”.
“A amostra considera 6.251 publicações e 8,7 milhões de interações nas páginas oficiais dos partidos, além das tendências nacionais de pesquisa na Web. Também é mapeado o espaço ocupado pelos partidos nas redes sociais de 18 órgãos de comunicação social de referência, a partir de 4.703 menções diretas aos líderes partidários”, segundo o relatório.
Uma das conclusões aponta para o investimento que os partidos fazem nas redes sociais, apesar da relevância atribuída aos sites institucionais. “Além do potencial para chegar a públicos muito diversos, estas plataformas permitem fugir à mediação informativa dos media tradicionais. Um comício com pouca assistência, por exemplo, pode transformar-se numa ação de sucesso, desde que as imagens partilhadas nas redes sociais sejam captadas na perspetiva que mais interessa ao partido”, de acordo com os autores do estudo.
As redes são também uma forma de alcançar o eleitorado mais jovem, segundo os resultados preliminares de um inquérito a estudantes do Ensino Superior, conduzido por investigadores do LabCom UBI. Cerca de 70,0% afirmam acompanhar o atual cenário político nacional em plataformas como o Facebook, Instagram e YouTube. Sete em cada dez inquiridos também dizem que as redes sociais exercem influência na forma como votam.

 

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