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Filmagens da “Guerra dos Tronos” põem Monsanto em “estado de sítio”

A Aldeia Histórica de Monsanto, em Idanha-a-Nova, vive, por estes dias, numa espécie de “estado de sítio” devido à preparação para as filmagens de “House of the Dragon”, a nova série de “A Guerra dos Tronos”.

Assim que se atravessa a Relva, localidade que fica a escassa distância da Aldeia Histórica de Monsanto, é perceptível que alguma coisa de diferente está a acontecer, ao avistar-se um amontoado de grades que bloqueiam o largo daquela localidade, condicionado para a preparação dos locais que vão ser utilizados para as gravações da prequela de “A Guerra dos Tronos”.

Em Monsanto, junto ao café Baluarte, nome herdado do largo onde está situado, surge a primeira placa de aviso de trânsito condicionado. A presença de um segurança de uma empresa privada reforça esse impedimento. “Os senhores não podem continuar, porque o acesso ao Castelo está interditado”, diz à Agência Lusa, mais acima, um outro segurança. Alguns turistas franceses, que por ali passeavam, tentam também descobrir um percurso alternativo para chegar mais acima. Porém, o resultado é sempre o mesmo: o acesso ao Castelo, um dos locais onde se preparam as filmagens, está proibido. A maioria das casas de artesanato ou de comércio local tem as portas fechadas, mas também os há com a porta aberta.

Cá fora, na rua, está Maria Alice Gabriel, a proprietária da “Casa Mais Portuguesa”, um pequeno comércio que vende artesanato local e onde se consegue encontrar um pouco de quase tudo. Maria Alice Gabriel, que para a próxima semana vai fazer 90 anos, queixa-se da falta de clientes. “Não se vende nada. Nem para um bocadinho de pão ganho”, lamenta. A comerciante afirma, com orgulho, ser a proprietária da “casa [comercial] mais antiga de Monsanto”. Concorda com filmes na aldeia, mas lamenta não ter sido informada nem avisada de nada. “A mim ninguém me disse nada. Nestes dias não há ninguém. Há dias de nem abrir a gaveta da caixa”, garante.

Texto completo na edição papel do NC.

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