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“Luz verde” à fábrica de diamantes artificiais na Covilhã

Pareceres à instalação deste investimento de 400 milhões de euros, junto ao Data Center, foram favoráveis. Vítor Pereira diz que este é um projeto de interesse para toda a região

O executivo da Câmara da Covilhã aprovou na sexta-feira, 9, por unanimidade, a alienação de um prédio urbano, denominado de Vinha Grande (ou Nogueira), na freguesia da Boidobra, com uma área de 54.049,24 metros quadrados, onde vai ser instalada, no futuro, uma fábrica de produção de diamantes artificiais que, segundo o presidente da Câmara, Vítor Pereira, já recebeu “luz verde” das entidades competentes.

“Tivemos um conjunto de pareces favoráveis à implantação da fábrica. Parecer favorável e unânime. Nestes casos, há sempre questões secundárias a resolver, mas estamos a falar de um grande empreendimento, um projeto de interesse para todo o Interior” frisa o autarca.

Em novembro do ano passado, o autarca tinha anunciado este investimento, de cerca de 400 milhões de euros, que prevê a instalação de 300 reatores e a criação de 150 postos de trabalho, diretos, em terrenos que a autarquia vende agora à empresa, junto ao Data Center, por cerca de 500 mil euros, segundo o autarca.

Trata-se de um empreendimento de capital indiano, a desenvolver em duas fases pela empresa Lightningplace. A primeira contempla um investimento de 96 milhões de euros, a criação de 40 postos de trabalho e a instalação de 72 reatores, o equipamento onde se produzem os diamantes de laboratório, cada um do tamanho de um frigorífico gigante, ilustrou Vítor Pereira na altura, adiantando que a obra poderia começar já este ano, sendo que o restante empreendimento poderá estender-se “por mais três ou quatro anos”. Vítor Pereira salientava tratar-se de um investimento “de dimensão nacional” e adiantava que na Europa apenas existe uma unidade do género na Bélgica, com “tecnologia de ponta”.

Na sexta-feira, o autarca covilhanense lembrou que esta “é a única forma de fixar pessoas, gerando riqueza” e lembrou os “efeitos de contágio” que um empreendimento destes gera, podendo criar mais atividades associadas.

Pela bancada da oposição, que votou a favor da alienação do terreno, o vereador Ricardo Silva apelou a que não aconteça nesta obra privada o mesmo que está a acontecer na Quinta Branca, onde a instalação de painéis solares tem causado transtorno aos moradores, com terras a irem para a estrada municipal. Vítor Pereira assegura que situações “não são comparáveis”, já que na quinta solar houve retirada de coberto vegetal que fixava o solo, e o terreno era inclinado. Lamentando os danos causados aos moradores, o autarca garantiu que o município irá acautelar essa questão, embora recordando que “não há obras sem transtornos”.

Quando estiver a laborar em pleno, o empreendimento de fabrico de diamantes artificiais prevê ter um volume de negócios de 300 milhões de euros anuais, assegura Vítor Pereira.

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