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Notícias da Covilhã: há cem anos com este título

D. Manuel R. Felício*

Sempre foi e deseja continuar a ser cada vez mais a voz dos que não têm voz

Depois de seis anos a chamar-se “Democracia”, o “Notícias da Covilhã” passou a publicar-se com o título atual.

São, de facto, cem anos e mais seis a servir dedicadamente esta cidade e a região; e com o propósito de continuar a honrar os seus compromissos, olhando o futuro com responsabilidade e fundada esperança. 

Para isso, propõe-se este “Notícias”, em diálogo com todas as forças viva da nossa terra, usar o valioso potencial da sua experiência mais que centenária para percorrer os caminhos de inovação que a atual conjuntura está a exigir. E quando falamos de inovação, referimo-nos à necessidade de conjugar diferentes formas de comunicar, nomeadamente aquelas que as novas tecnologias recomendam, mas também a formas renovadas de garantir a sustentabilidade necessária, sem pôr em causa o seu estatuto editorial de imprensa independente e livre, e ainda ao desejo de avançar sempre com novas propostas verdadeiramente definidoras do desenvolvimento sustentado e ajustado aos legítimos interesses dos nossos meios.

A proximidade aos acontecimentos que marcam a vida das nossas gentes, mas também a atenção ao tecido das variadas instituições que preenchem a vida social da Covilhã auguramos que continuem a identificar o serviço do nosso “Notícias”.

Desejamos que todas as comunidades covilhanenses e mesma da região mais alargada da Cova da Beira sintam este jornal como sendo verdadeiro intérprete dos seus anseios e paladino na defesa dos seus legítimos direitos.

De facto, o “Notícias da Covilhã” sempre foi e deseja continuar a ser cada vez mais a voz dos que não têm voz; seja das populações em geral junto dos poderes locais, seja da conjuntura da nossa região, claramente marcada pelo síndroma da interioridade e da baixa densidade populacional, junto dos poderes centrais.

Para além de comunicar com rigor, sempre no respeito pela verdade dos factos acontecidos, pertence a este “Notícias” o dever de contribuir para criar uma sã opinião pública, na qual, por um lado, as nossas gentes se revejam, mas também, por outro, com ela possam contar para, sempre no respeito pelos valores fundamentais que regem a nossa vida pessoal e colectiva, poderem orientar os seus procedimentos.

Estamos em tempos de grandes mudanças sociais e muito rápidas que exigem dos cidadãos capacidade para as compreenderem e depois poderem ajustar os comportamentos às novas conjunturas, sem prejuízo de exercerem o direito de pensar e escolher por cabeça própria. Também aqui a ajuda de um órgão de imprensa como o nosso, que tem no seu estatuto editorial o propósito de acompanhar as pessoas em todos os processos que levem à definição de caminhos bons para todos, é da maior importância.

Por tudo isto e muito mais, ao mesmo tempo que damos ao “Notícias da Covilhã” os nossos parabéns pela firmeza do percurso feito até agora, também lhe desejamos coragem e a necessária ousadia para abrir os novos caminhos que as circunstâncias atuais impõem e a responsável construção do futuro lhe está a pedir. 

*Bispo da Guarda 

(Artigo escrito segundo o novo acordo ortográfico)

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