“O juiz da Beira”, a mais recente produção do Tetro das Beiras, estreia em 07 de junho, no seu auditório, mas durante julho e agosto a peça, a partir do texto de Gil Vicente, vai andar em itinerância pelas freguesias do concelho da Covilhã e tem apresentações previstas em várias cidades do país.
A 117.ª produção da companhia é encenada por Nuno Carinhas e protagonizada por Bernardo Sarmento, Carlota Macedo, Gonçalo Babo, Miguel Brás, Paulo Monteiro e Sílvia Morais.
Segundo o encenador, a peça pretende transmitir ao público boa disposição e abordar a justiça, tema da atualidade, a partir “da irreverência no julgamento que este juiz da Beira vem trazer de uma forma bastante saudável”.
Nuno Carinhas referiu que, no ano em que a companhia completa 50 anos, se pretendia regressar a Gil Vicente, “especialmente por causa da linguagem, um património muito rico, muito vivo”, numa altura em que se comunica com abreviaturas.
A linguagem utilizada na peça, num contexto de itinerância, em que é a companhia que vai ao encontro de diferentes públicos, não será um entrave, asseverou o encenador, acrescentando que “há muitos termos que se mantêm ainda hoje”.
Com estreia marcada para 7 de junho no auditório do Teatro das Beiras, às 21:30, a peça regressa à mesma sala nos dias 19 e 27. Em julho e agosto parte em digressão por várias localidades do concelho da Covilhã, em datas ainda a definir.
Em 9 de junho apresenta-se em Ponte de Lima e passa também por várias outras cidades, como Coimbra, Abrantes ou Maia.
Nuno Carinhas disse que pensar a peça para andar em itinerância foi uma das premissas e que o trabalho foi pensado para se poder apresentar nos mais diferentes espaços e contextos. Tanto atores, como guarda-roupa e adereços estão à vista do público durante todo o espetáculo.
“Este palco, no fundo, pode ser um palco, pode ser um pelourinho, pode ser um terreiro. Quisemos que se ajustasse à audiência, a todos os lugares a que fosse, que fosse encaixável em todos os lugares”, mencionou Nuno Carinhas, após um ensaio de apresentação à comunicação social.
De acordo com Nuno Carinhas, “O juiz da Beira” pode ter várias interpretações, como a relação com aquilo que as pessoas desejam alcançar.
“Eu quero, tu queres, ele quer, podia ser uma declinação desta peça. As pessoas querem ter, as pessoas querem que lhes seja dado o que elas querem, o que elas pretendem, e eu acho que esse esses valores são interessantes”, referiu o encenador.
O espetáculo, para maiores de 12 anos, tem uma duração de 60 minutos.
Os ingressos estão à venda, a seis euros, sujeitos a descontos, na bilheteira da companhia do distrito de Castelo Branco, através do número 275336163, e na plataforma digital Ticketline.