Um marco “histórico” para o território das Beiras e para o ecossistema criativo da Covilhã. E uma conquista que “reconhece o valor da criação artística no Interior e o potencial do património industrial enquanto espaço de futuro.” É assim que a associação cultural New Hand Lab (NHL), sediada na Covilhã, classifica o facto de ter visto aprovado o seu novo projeto “Teias Tramas” no Programa de Apoio a Projetos – Artes Visuais/Design 2024 da Direção-Geral das Artes (DGArtes), alcançando o terceiro lugar a nível nacional.
Segundo o NHL, este é um feito “notável para o Interior de Portugal”, já que o seu projeto apenas tem à frente outros das áreas da Grande Lisboa e Norte. O “Teias Tramas”, que obteve uma das pontuações mais elevadas do concurso, distingue-se por “cruzar arte, design e património industrial, afirmando o NHL como um polo nacional e internacional de criação artística, formação e experimentação têxtil. Atingir uma posição de topo neste programa é um marco para a Região das Beiras e Serra da Estrela, reforçando o papel da Covilhã como Cidade Criativa e centro de inovação ligado à cultura têxtil e história industrial” salienta em comunicado.
Trata-se da continuidade do programa “Teias Criativas” e decorrerá entre 2026 e o início de 2027, contado com o principal apoio da DGArtes e do Município da Covilhã na sua primeira fase de implementação. O projeto inclui a realização de oito residências artísticas (quatro de têxteis/design e quatro de artes visuais/industriais), três grandes eventos públicos (uma mostra de design têxtil, umas jornadas de Media Arts e uma conferência de Turismo e Arqueologia Industrial), e cinco ciclos paralelos de atividades, incluindo oficinas educativas, conversas científicas, dinâmicas sociais e formações certificadas.
Segundo a NHL, as residências vão reunir artistas nacionais e internacionais em torno da experimentação com lã e resíduos industriais, explorando o diálogo entre património, sustentabilidade e inovação. O projeto conta com uma rede de mais de 20 parceiros nacionais e internacionais, “reforçando o papel do NHL como plataforma de cooperação e experimentação entre arte, ciência e território.” A direção artística é partilhada por Francisco Afonso e Ana Paula Almeida, sob a coordenação de Jorge Pedro Narciso Luciano, responsável pela conceção, gestão e direção executiva do projeto.

