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Tema da musealização do castelo pouco consensual

É uma candidatura que faz parte do plano estratégico definido pela autarquia para os próximos anos. A Câmara de Belmonte pretende musealizar o castelo da vila, um dos espaços mais nobres ali existentes, mas o tema que pretende ali exaltar não é do agrado do vereador da CDU no executivo, Carlos Afonso.

No início de Dezembro, numa das reuniões privadas do executivo, Carlos Afonso questionou o porquê de se ter escolhido, como tema, as Ordens Honoríficas. “Musealizar a torre de menagem é algo que subscrevo. Mas questiono o porquê com as Ordens Honoríficas. Estas nada têm a ver com Belmonte, a não ser o facto de alguns dos nobres desta terra, ao longo dos séculos, terem estado ligadas a elas” disse na sua intervenção o vereador da oposição, que pediu uma séria reflexão sobre o assunto.

Carlos Afonso recorda o passado “muito controverso” destas Ordens, com papel “contrário aos novos tempos” e um papel “muito activo” em todo o processo da Inquisição. “Esta instituições semearam o terror e o medo entre os portugueses” salienta o vereador, que recorda ainda que, “todos os dias se afirma” que Belmonte é “terra de tolerância”.

O vereador da CDU acrescenta que a comunidade judaica de Belmonte é prova disso, pelo que “instalar na parte mais nobre que esta terra tem algo alusivo aos que fizeram parte da perseguição a este povo é, no mínimo, ideia de mau gosto”.

Carlos Afonso pediu que temática seja revista, e trocada por algo que “diga algo a nós todos e que não crie divisões, que não seja fracturante, mas sim conciliadora”. E sugeriu que espaço seja dedicado a Pedro Álvares Cabral, importante navegador português, que nasceu em Belmonte e descobriu, em 1500, o Brasil.

(Notícia completa na edição papel)

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