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Ter aeronaves europeias para combate aos fogos em Castelo Branco é “relevante”

Ministro da Administração Interna visita aeródromo

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, afirmou ontem, segunda-feira, 21, à Lusa, que o pré-posicionamento de duas aeronaves para combate a incêndios em Castelo Branco, no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil (RescEU) “é especialmente relevante”.

“Este momento é especialmente relevante porque há um ano começamos a trabalhar em Bruxelas com os ministros do Interior, para reforçarmos os meios do Mecanismo Europeu de Proteção Civil para os anteciparmos e para os pré-posicionarmos”, disse José Luís Carneiro no aeródromo de Castelo Branco, onde se deslocou com a ministra da Defesa Nacional, para visitar aos meios aéreos de combate a incêndios financiados pela União Europeia no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil (RescEU).

“O que hoje aqui [Castelo Branco] está a acontecer, com o apoio do Ministério da Defesa Nacional, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e Câmara de Castelo Branco, (é que) foi possível termos dois meios aéreos que são financiados em 75% pela União Europeia e que ficam a trabalhar primariamente para as necessidades do país, mas que estão também pré-posicionados em Castelo Branco para apoiar o esforço europeu, muito particularmente no quadro da Península Ibérica, na medida em que temos um acordo bilateral (com Espanha) de Proteção Civil que prevê a mobilização de meios e forças”, disse o ministro.

Estes meios da frota aérea europeia de combate a incêndios — uma parelha de aviões anfíbios Fire Boss — ficam preposicionados em Portugal, como reserva para apoiar de forma mais rápida as autoridades portuguesas e espanholas em caso de necessidade. Envolvem um investimento da ordem dos 2,5 milhões de euros, 75% dos quais financiados por Bruxelas, e permitem que Portugal tenha pela primeira vez aeronaves integradas no RescEU. Portugal é um dos vários países da UE com meios aéreos europeus pré-posicionados para reforçar a capacidade de resposta rápida aos incêndios rurais neste período do ano, a par de meios terrestres que, no caso português, são oriundos da Finlândia. “Em anos anteriores fomos sendo beneficiários de outros Estados-membros e agora também com este apoio que a UE nos deu do ponto de vista financeiro, estamos em condições de dizer que estamos cá prontos para que em caso de necessidade possamos entre ajudarmo-nos para enfrentar estas ameaças e riscos”, sublinhou. O ministro disse ainda que sempre que há necessidade de apoio ocorre a ativação do mecanismo europeu.

“O país que tem necessidade de apoio faz a comunicação para o mecanismo que entra em contacto com as proteções civis nacionais e, em função da disponibilidade para dispensar esses meios serão mobilizados para as necessidades europeias”, realçou.

José Luís Carneiro salientou ainda que neste momento, “os meios previstos estão praticamente na sua plenitude”, adiantando que agora é necessário sensibilizar os portugueses. “Os meios aéreos, terrestres e humanos são muito importantes, mas permitam-me que o diga: é a tranca na porta de uma casa que já foi assaltada porque eles atuam quando os incêndios já estão a lavrar”, referiu.

O governante realçou ainda a importância dos instrumentos aldeia segura e os aglomerados seguros que já ultrapassam os 2.300 em todo o país. “Houve um esforço de crescimento que deve ser enaltecido e esse esforço agora está a ser objeto de avaliação e de vários estudos académicos. É preciso olhar para as conclusões dessa avaliação para podermos dar um novo salto de crescimento nessas experiências de autoproteção das comunidades locais”, sustentou. “Houve um esforço de crescimento, está a haver um esforço de consolidação e o objetivo é depois podermos perspetivar um novo crescimento que tem que contar com o envolvimento muito ativo das câmaras municipais e das freguesias”, concluiu.

 

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