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Ter cá um avião

“De Bragança a Lisboa, são nove horas de distância. Queria ter um avião para lá ir mais amiúde”. A célebre frase dos Xutos continua bem atual. Não se mede distância em quilómetros, mas em tempo. E custos. Vem isto a propósito da nunca acabada discussão em torno de um novo aeroporto no país, que sirva o melhor possível a região centro.

Numa recente ida a Paris confirmei que, apesar de toda a modernidade nos transportes, ainda estamos longe. Se fosse de carro, da Covilhã lá demoraria mais de 14 horas, fazendo 1470 quilómetros, gastando 218 euros, sendo 71,25 euros em portagens, segundo o site www.viamichelin.pt. Duas vezes. Ou seja, 2940 quilómetros, 436 euros. Optei por ir à Portela apanhar um avião low-cost, o que repeti para cá. Saquei as viagens aéreas atempadamente. Tudo, para três pessoas, 370 euros. Também a tempo e horas, bilhetes de autocarro. Que consegui a 4,90 por pessoa. Mais cerca de 30 euros no total. Ida e vinda, de Orly para o centro da capital francesa, de táxi (41 taxa fixa) ou Uber (46 euros), mais 87 euros. Total: 487 euros. Ela por ela (mais 50 euros), mas mais cómodo voar que 14 horas na estrada. Mas, e o tempo que se demora?

De lá para cá, saída de casa às 8 e 30 da manhã. Avião às 11:50. Atrasou. Chegada a Lisboa às duas da tarde. Autocarro às 16. Chegada à Covilhã às 19 e 30. Quase 11 horas, no total. E um avião mais perto de cá, não dava jeito?

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