A Câmara da Covilhã recebeu um pedido de informação prévia e, posteriormente, “um projecto já densificado”, para a conclusão da Torre de Santo António e o arranjo urbanístico, com outras construções, da zona envolvente, informou o presidente da Câmara da Covilhã, no final da reunião pública do executivo de segunda-feira, 6, onde o vereador com o pelouro, Serra dos Reis, mencionou este processo, ainda não licenciado.
Segundo Vítor Pereira, o imóvel, edificado nos anos 70, tal como os terrenos até à estrada, foram adquiridos ao Montepio por investidores de fora da região, que apresentaram há cerca de três meses o projecto ao autarca.
O presidente do município afirmou tratar-se de uma requalificação “muito interessante, bonita”, em que se vai tentar reduzir o impacto visual do mais alto edifício da cidade através de um arranjo nos dois últimos pisos, recorrendo a materiais e a uma cor do revestimento que diminuirá a percepção da volumetria, explicou Vítor Pereira, para quem a solução dará outro aspecto à zona, vai “dar outra vida e pôr termo a um mamarracho que tem mais de 50 anos”.
Está previsto o icónico edifício de 20 andares, assim como a urbanização, ser uma área residencial, “o que não quer dizer que num empreendimento desta natureza não haja alguns estabelecimentos comerciais”, ressalvou o edil, segundo o qual o processo de aprovação “está numa fase avançada”.
Com avanços e recuos ao longo de décadas, que passaram pela possibilidade da demolição a intenções de investimento no local, com a construção de duas torres laterais, mais baixas, Vítor Pereira admite a dificuldade da população em acreditar que desta vez é “definitivo”, mas acentuou fazer “toda a fé” que este investimento, “de valor muito considerável”, vá avante, até porque, sublinhou, nenhum outro anterior “chegou a esta fase”.
Vítor Pereira referiu ainda existir um compromisso financeiro assumido em mandatos anteriores ao seu em que o município se responsabilizou a criar no local infra-estruturas de abastecimento, saneamento e acessibilidades num valor superior a meio milhão de euros, situação que será alvo de negociações.
O presidente da Câmara da Covilhã informou há dois anos que o edifício projectado por Pinto de Sousa tinha cinco interessados na sua aquisição. Quatro empresas, entre as quais uma alemã, com o intuito de destinar o imóvel a quartos ou residências para estudantes e acrescentou existir também um hoteleiro que manifestou interesse em comprar o espaço para essa área de negócio.
A construção da Torre de Santo António foi abandonada quando se estava na fase de acabamentos, devido a problemas de financiamento dos promotores do investimento.
Os andares-modelo, já finalizados, foram sendo vandalizados ao longo dos anos.