A Câmara da Covilhã vai suspender a partir de Maio, e até ao final do ano, o pagamento da Taxa de Ocupação do Subsolo (TOS) paga na factura do gás natural, informou o presidente do município, Vítor Pereira, durante a reunião pública do executivo realizada na segunda-feira, 21.

Segundo o autarca, esta é uma forma de ajudar as empresas e famílias a suportarem o aumento dos custos energéticos.

A proposta será apresentada para deliberação na próxima sessão camarária, referiu Vítor Pereira.

“Com esta medida, pretendemos obviamente dar um sinal de apoio às famílias e às empresas, nomeadamente àquelas para quem o enorme aumento do custo energético, em especial do gás, tem representado uma dificuldade acrescida para recuperar de uma situação de crise provocada também pela pandemia da covid-19”, justificou o presidente do município.

Ricardo Silva, vereador da coligação CDS/PSD/IL, saudou a iniciativa.

“Registamos com agrado a suspensão da TOS”, disse o eleito da oposição, que aproveitou para apelar também para a necessidade de um “aumento nos descontos dos passes sociais” na região, por haver gente que ganha o salário mínimo e tem de pagar 80 euros de passe para poder ir para o trabalho.

Vítor Pereira concordou com “a justiça que tem de ser feita com o Interior”, para que na região se possa “usufruir dos mesmos direitos” de quem vive na área Metropolitana de Lisboa, sublinhando serem os restantes habitantes do país a suportarem o valor dos passes de quem vive próximo da capital, onde o preço é apoiado e muito mais reduzido.

O autarca frisou que em várias ocasiões reivindicou o aumento da verba do Programa de Apoio à Redução Tarifária dos Transportes (PART) e salientou que o primeiro-ministro, António Costa, “disse que iria fazer com que o resto do país pudesse usufruir dos mesmos direitos”.