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Trilhos ecológicos para valorizar o Rio Zêzere

Iniciativa, que junta as autarquias de Manteigas e Guarda, prevê criação de percursos pedestres nas margens do rio, num troço de 25 quilómetros

São 17 quilómetros no concelho de Manteigas e oito no da Guarda. As duas autarquias apresentaram recentemente à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), um projeto conjunto que prevê a criação de trilhos ecológicos ao longo das margens do Rio Zêzere, num percurso total de 25 quilómetros, e que segundo a autarquia manteiguense “representa uma oportunidade única de conciliação entre a conservação e o turismo sustentável.”

O tema foi debatido na última reunião do executivo, realizado no dia 3, com o presidente da Câmara, Flávio Massano, a mostrar-se esperançoso que o mesmo possa ser aprovado contribuindo para a preservação da biodiversidade aliada ao turismo. “Não é nada artificial, não se trata de nenhum passadiço, mas sim trilhos ecológicos que permitirão às pessoas caminhar junto ao rio. Um percurso entre o Viveiro das trutas e a ponte Filipina de Valhelhas” explica o autarca, que acredita que esta ideia “tem pernas para andar”.

Confrontado pelo vereador do PS, Tomé Branco, se este projeto não colide com a já implementada, há muitos anos, Grande Rota do Zêzere (que passa por 13 diferentes concelhos), o autarca disse que apesar de alguns trajetos “poderem confluir” se trata de um projeto “diferente”. “Esta é mesmo junto ao rio, a outra não. Aliás, a rota do Zêzere está muito maltratada, está tudo um pouco ao abandono. Nós (portugueses) somos muito bons a construir, mas muito maus a manter” reconhece o autarca, que diz que em toda a extensão dos 370 quilómetros da Grande Rota do Zêzere (que vai da nascente à foz) apenas em um ou outro município a manutenção do percurso está feita.

O vereador Nuno Soares, do PSD, lembra que a Grande Rota do Zêzere “era um bom projeto”, mas também ele constata que está “ao abandono” pelo que aplaude a iniciativa que agora as autarquias de Manteigas e Guarda tiveram. “Parece-me uma coisa mais sazonal (alguns trilhos, em período de cheias do rio ficarão inativos), pelo que me parece que pode vir a ter interesse” salienta.

Em comunicado, a Câmara de Manteigas salienta que este projeto intermunicipal de valorização da galeria ripícola e de todo o corredor ecológico “pretende ser uma referência natural e turística da região, destacando-se a necessidade de preservar e recuperar os seus cursos hídricos.”

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