O ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, assegurou sexta-feira passada, na Guarda, que o Governo está a “trabalhar” para recuperar os atrasos verificados nas obras de modernização do troço Guarda – Covilhã da Linha da Beira Baixa. “A obra está em curso, está a andar, nós [Governo] vamos ter que cumprir os ‘deadlines’ [prazos finais] que a União Europeia nos impôs. Estamos a trabalhar para recuperar os atrasos”, garantiu o governante.
Pedro Nuno Santos falava aos jornalistas, na cidade da Guarda, à margem da cerimónia de consignação da obra a realizar no troço entre Guarda e Cerdeira, na Linha da Beira Alta, e de lançamento do concurso Pampilhosa – Santa Comba Dão da mesma via.
O governante referiu que as razões para os atrasos nas obras da Linha da Beira Baixa “são muito diversas”, lembrando que Portugal, “desde a crise financeira, perdeu capacidade de engenharia, perdeu capacidade de projecto”. “Temos tido um conjunto de atrasos significativos na fase do projecto, exatamente porque o País, desde a crise financeira, ainda não recuperou a capacidade que tinha. Mas, agora estamos a trabalhar, com todo o gás, para não perdermos nem um cêntimo”, assegurou.
O vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes, completou as informações do ministro, indicando que as perspectivas apontam para que a obra possa ser concluída “durante o primeiro semestre do próximo ano” [2020]. Segundo o responsável, tendo em conta que a Linha da Beira Baixa é uma alternativa à Linha da Beira Alta, a conclusão das obras no troço Guarda – Covilhã é indispensável para que as obras de modernização naquela via avancem “a sério”.