A Universidade da Beira Interior (UBI) vai passar a leccionar, a partir do próximo ano lectivo, a nova licenciatura em Tecnologia e Produto de Moda Sustentável, anunciou a instituição.
Em comunicado, a UBI explica que “o novo curso combina o vasto conhecimento científico existente no Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis (DCTT) com as preocupações relacionadas com a preservação do meio ambiente”.
Esta licenciatura, refere a UBI, estará disponível para os candidatos ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior e propõe dar resposta às necessidades actuais das empresas da indústria têxtil e do vestuário, através da formação de profissionais técnicos altamente qualificados, capazes de dialogarem com os comerciais, os designers e os elementos das secções produtivas. “Os diplomados terão competências para projeto e desenvolvimento de produtos de moda (tecidos, malhas e vestuário), incorporando os princípios da sustentabilidade e da economia circular, assente no conhecimento alargado das matérias-primas, dos produtos e de todas as fases do processo produtivo”, explica Nuno Belino, presidente do DCTT, que é citado no comunicado.
O responsável explica ainda que o curso pretende “conferir competências para a gestão integrada do planeamento, produção e qualidade, bem como para a atividade técnico-comercial e de ‘sourcing’ de produto e produção de marcas nacionais e internacionais”.
A UBI também destaca que, entre as saídas profissionais do curso estão diversas áreas do setor têxtil, como a integração em gabinetes de desenvolvimento de produto têxtil e vestuário ou de sustentabilidade de marcas e empresas. Os futuros profissionais “podem também assumir responsabilidades em secções de planeamento e produção ou controlo de qualidade, ou ainda na atividade de procura e seleção de produção e funções de técnico-comerciais em marcas e empresas, nacionais ou internacionais”.
“Ao avançar com este curso, a UBI acompanha a mudança verificada nos últimos anos da indústria têxtil e do vestuário portuguesa, que registou uma grande evolução em termos de adaptação ao mercado mundial, através da actualização tecnológica e da sofisticação no desenvolvimento de produto”, é referido, acrescentando-se ainda que este avanço do setor determinado a contratação de quadros superiores especializados.
De acordo com Nuno Belino, é preciso formar profissionais que tenham “um conhecimento profundo de materiais têxteis sustentáveis e de tecnologias de produção alternativas, mais amigas do ambiente e menos consumidoras de recursos, particularmente, energéticos e de água, bem como um conhecimento alargado da determinação do ciclo de vida de um produto e da manipulação de um vasto conjunto de ferramentas digitais, para fazerem desenvolvimento de produto em articulação com os engenheiros, designers e os técnicos das várias secções”, entre outros.