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UDB homenageia autor do seu hino

Na década de 80, António Amaral, atleta do clube, escreveu o hino que agora foi recuperado, em colaboração com a escola de música local, onde o autor também foi professor

“A União faz a força, os amigos a amizade”. É assim que começa a letra do hino da União Desportiva de Belmonte, que foi recuperado e renovado (a melodia cantava-se de cor, sem existir uma pauta musical sequer) pela Escola de Música do Centro de Cultura Pedro Álvares Cabral, que o apresentou na noite da passada sexta-feira, 14, num concerto intitulado “Música e desporto em união”. Uma iniciativa conjunta, entre clube e escola, pois foi também nestas duas associações que o autor do hino teve presença mais marcante.

De facto, António Amaral (já falecido há 16 anos) jogou, na década de 80, no clube belmontense, onde se sagrou campeão distrital e participou na antiga terceira divisão nacional. Nessa altura, foi desafiado por colegas, dirigentes e treinadores a escrever uma letra e melodia que desse corpo ao hino oficial do clube. E assim fez. Havia registos sonoros, todos sabiam a letra e ritmo, mas não existia uma pauta. Um trabalho levado a cabo por Ricardo Craveiro, professor da escola de música do Centro de Cultura Pedro Álvares Cabral, onde António Amaral também deu aulas, na década de 90, e foi diretor pedagógico.

“Lembro bem. A UDB queria ter um hino, e desafiou o saudoso Amaral, que pôs mãos à obra. Passámos a ter um, com a sua própria força, que é um sucesso e é cantado por várias gerações de atletas. Isto diz-nos muito, como belmontenses” afirma Daria Gonçalves, presidente da mesa da Assembleia Geral do Centro de Cultura e ex-dirigente da UDB. Que classificou António Amaral, que foi homenageado pelo clube (entregou à viúva uma medalha comemorativa), como “um exemplo de atleta e de professor”.

O presidente da direção do Centro de Cultura, António José Gaiola, disse que o facto do anfiteatro do castelo estar cheio era “revelador” da importância que as duas associações têm na vida das pessoas. Sobre António Amaral, “não tive o privilégio de privar com ele, recordo dele como professor, e vendo a vontade da UDB em recordá-lo, e dignificar o seu trabalho, com esta recuperação do hino, decidimos envolver-nos”.

Daniel Tavares, presidente da direção da UDB, que ainda jogou com Amaral, disse que o clube devia esta homenagem “a pessoas que fizeram muito pela UDB. E achámos que o primeiro passo para louvar o trabalho de muita gente era recuperar o hino. Fizemos o desafio à escola de música, que desde a primeira hora gostou e aceitou o repto, e cá está um excelente trabalho” frisa.

Paulo Borralhinho, vice-presidente da autarquia, afirma que o concerto é o exemplo do que a Câmara defende no trabalho conjunto entre coletividades. “Foi uma das coisas que pedimos no município: que se unam para fazer coisas. Esta visão é cada vez mais necessária, pois todos juntos somos mais fortes. É isto que queremos ver: a comunidade cada vez mais unida” afirma.

Amélia Gonçalves, diretora pedagógica da escola, lembrou que entre os diversos jovens músicos estavam muitos atletas da UDB. “É a prova que tudo é conciliável” garante.

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