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Um desejo em dia de aniversário

Carlos Madaleno

Em dia de aniversário, dão-se os parabéns, relembram-se facetas passadas e formulam-se votos de sucesso para o futuro. Assim o tenho feito ao longo dos últimos anos, nos números do Notícias da Covilhã que assinalam a sua data de nascimento, a 18 de maio. Confesso, porém, que neste ano me faltam as palavras. Não porque o Notícias da Covilhã tenha deixado de ser uma fonte de inspiração, mas antes pelo limbo onde o encerraram. Não é, nem deixa de ser. Os seus jornalistas e paginador garantem-lhe com esforço, profissionalismo, ponderação e edição rigorosa a vida possível. Os colaboradores lá enviam uns artigos a ver se a coisa pega e cerca de 10 milhares de leitores assíduos até queimam as pestanas frente a um ecrã, como não poderia deixar de ser. O que aconteceu; porque se procedeu à digitalização integral do processo de distribuição de informação; manter-se-á pelo menos assim, continuam a ser questões sem resposta para o simples dos mortais, leia-se dos leitores.

Há poucas semanas atrás, num periódico da concorrência, se é que há concorrência entre autores da informação local, podia-se ler um editorial com o título “o papel não é um dogma, é uma necessidade”. Eis a verdade insofismável para os que leem o Notícias da Covilhã, numa qualquer biblioteca pública ou num café onde uma bica é argumento para muito. Para os que da idade provecta não querem ou não têm acesso às novas (já velhas) tecnologias, ou simplesmente para aqueles que se sentem confortáveis e prazerosos a ler um pequeno maço de folhas, em papel, que lhes chega renovado semanalmente.

Torna-se por tudo isto difícil auspiciar um futuro para o Notícias da Covilhã. Eu cá por mim, se tivesse a sorte de apagar as velas no próximo dia 18, ia formular um desejo: Que o Notícias da Covilhã continue a ser o mesmo dos últimos 103 anos!

Parabéns aos que o mantêm vivo!

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