Artistas que, segundo a organização, trouxeram “mais cor à Covilhã”. A 11ª edição do Wool- Festival de Arte Urbana da Covilhã, deixou no Centro Histórico mais quatro obras para se poderem visitar, num museu ao ar livre que cresce a cada ano que passa. O festival encerrou no passado domingo, 16, e contou, durante mais de uma semana, com seis artistas nacionais e internacionais, que deixaram a sua marca, com murais que realçam a história da Covilhã e sua identidade.
É o caso do mural realizado por Daniela Guerreiro, no Pátio dos Escuteiros, em que a artista algarvia pintou a tradição do chá na Covilhã, hora de convívio e partilha que faz parte do imaginário de gerações de covilhanenses.
Mais abaixo, na Rua da Ramalha, a dupla Mots, constituída pela polaca Jagoda Cierniak e o português Diogo Ruas pintou a fachada da antiga Taberna do Papagaio, ilustrando isso mesmo: a famosa ave que lhe dava nome.
Já na rua do Senhor da Paciência, o artista italiano Millo não quis, em tempos de guerra, deixar passar em branco o tema da paz. Um mural em que duas figuras, menino e menina, apertam a mão, mostrando que o diálogo e acordo entre partes pode ser “tecido”, já que esse cumprimentar surge sob uma teia que ilustra os antigos teares da Covilhã.
No Largo de São Silvestre, a brasileira Mura pintou, em grande escala, as gencianas, as flores que só existem no Maciço Central da Serra da Estrela.
Quatro novos murais complementados com pequenas esculturas, pelo espanhol Isaac Cordal, ou por uma instalação, na Boidobra, do também espanhol Spy, que recria um ouriço, que tenta impedir a passagem de um fenómeno que também cresce às portas da cidade: a instalação de painéis fotovoltaicos.
Aquela que foi considerada, até agora, a maior edição do Wool contou, no sábado, com uma nova iniciativa, a Rua Wool, que fechou o Centro Histórico, onde durante oito horas a criação foi livre. Durante mais de uma semana, o evento contou com palestras, workshops, e muita música.
(Fotos: Gonçalo Poço)