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União e seus defeitos

Sempre se ouviu dizer que a união faz a força, mas agora parece que nem todos vão nessa cantiga e os exemplos colhidos a cada passo não deixam de parte as violências domésticas, selvagens, nacionais, internacionais e muitas outras a todos os níveis, onde as uniões vão dando em fraqueza a cada hora que passa. As brexitices conseguiram romper uma união que orgulhava os que nela se incorporaram. Depois de reuniões sem fim e traduzidas em línguas de todos os níveis, alguns raios de sol deixaram de brilhar. Pelos vistos, há quem diga que sozinhos se anda melhor, mas sobretudo quando se pensa que tudo nos vem ter à mão e que nós somos os melhores do mundo. Nós superamos todos os outros e eles que se arranjem e, se assim não quiserem, que se lixem.

A desunião também pode ser motivo para se deitarem foguetes e sobretudo quando se pensa que tudo nos vem ter à mão porque nós sabemos bem o que queremos e como proceder porque somos melhores que todos os outros.

Uns pensam que os provocadores das alterações climáticas são os vizinhos do lado porque não querem saber de nada e vão atirando tudo para o lixo. As enxurradas que vão acontecendo, onde quase sempre foi faltando a água, são motivadas por nuvens que não têm nada a ver com as de outros tempos, que nós sabíamos bem quando deitavam água ou deixavam cair uns farrapinhos brancos para colorirem os pontos mais elevados. Pois parece que tudo se vai transformando sem se estar cá com uniões ou meias uniões. Não são precisas autorizações comunitárias e, portanto, cada qual se governe à sua medida e, se for preciso combinar alguma coisa com o outro, basta meia dúzia de dedos de conversa e umas folhitas escritas nas várias línguas para que todos se entendam. Isso assim é que é união. Os valores humanitários parece que são fáceis de imaginar, mas os modos de vida para consegui-los terão que merecer modalidades de esforço comum, envolvido de querer e saber onde a união não poderá ser posta de parte.

Mesmo sendo o mundo uma bola, não é só com pontapés que tudo se resolve porque, para além dos milhões, há muito boa gente que não consegue viver apenas com cêntimos. Nós bem queríamos tudo da mesma cor e na nossa justa medida, mas agora cada qual escolhe a cor que mais lhe agrada e com a profundeza que lhe apetece.

Assim, vamos caminhando passo a passo com olhos postos mais em nós do que no outro. O mundo à nossa medida é que conta e não venham cá com uniões porque elas também não estão fora da contaminação, provocada por alguns desconhecidos vírus que não deixam dormir as entidades incumbidas de estabelecer a ordem e o conforto social.

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