Por Daniel Santos Silva

Médico

Com a chegada do Verão, o número de horas que passamos no exterior aumenta, pelo que o nosso cuidado com sol deve seguir a mesma tendência.  Por isso, está na altura de relembrar algumas dicas a ter em conta quando nos expomos à luz solar.

Em primeiro lugar, importa perceber que o sol emite um tipo de radiação designado de radiação ultravioleta, que, de um modo geral, é responsável pelo tom bronzeado que a pele adquire. No entanto, o reverso da medalha é que é também essa radiação que está diretamente ligada aos escaldões. Está cientificamente comprovado que a exposição prolongada, sem proteção, às radiações solares induz alterações nas células da pele, o que pode levar ao surgimento de cancros da pele. Assim, em locais como as praias, onde por norma a taxa de exposição ao sol é mais alta, os cuidados redobrados podem ajudar a proteger a pele das agressões solares. Uma medida simples para proteger o organismo é a utilização de chapéu (há muitos, já dizia Vasco Santana, e são para todos os gostos…) e o guarda-sol, sobretudo nas horas de maior calor (entre as 11h30 e as 15h30).

Obviamente, se o objetivo for passar tempo ao sol, não devemos esquecer o protetor solar. Muitas vezes discutido, o conceito de fator pode confundir muita gente, mas na verdade o fator do protetor permite estimar o tempo que podemos estar ao sol sem nos queimarmos. De uma maneira aproximada, basta multiplicar por 10 o valor que surge na embalagem (por exemplo um protetor de fator 30 permitirá cerca de 300 minutos de proteção solar sem a preocupação de nos queimarmos).

Além de proteger a pele de uma forma direta, não devemos também esquecer a ingestão de água ao longo do dia – a água tem um papel fundamental na reparação e cicatrização das lesões da pele – e, no final do dia, devemos sempre hidratar a pele com cremes adequados para que esta possa recuperar a sua integridade.

Agora que já sabemos quais as medidas a tomar para proteger a nossa pele, vamos evitar os escaldões e ter um verão tranquilo.