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“Vamos jogar o jogo pelo jogo com a União de Leiria”

Pela segunda vez na sua história, o Pedrógão está na Taça de Portugal. Isento da primeira ronda, na segunda defronta uma equipa da II Liga. Em campo emprestado. Mas nada que atemorize a equipa do distrital de Castelo Branco

A diferença é de três escalões, mas medo é palavra que não existe para os lados de Pedrógão de São Pedro, concelho de Penamacor, onde por estes dias, o técnico da equipa local, André Matias, prepara o jogo mais importante da história do emblema raiano. O Pedrógão recebe no domingo à tarde, no municipal de Penamacor (casa emprestada) a União de Leiria, da II Liga, que ocupa atualmente a sétima posição, depois de ter sido promovida na última temporada da Liga 3. “Acredito em tudo em futebol. São 90 minutos onde tudo pode acontecer. Hoje a diferença entre equipas é diminuta, naquilo que ao treino diz respeito. Mas depois existem outros factores. De todo o modo, iremos jogar o jogo pelo jogo. Nas minhas equipas é assim mesmo” garante o treinador raiano.

Depois de uma boa entrada no distrital de Castelo Branco, no último domingo, com uma vitória no terreno do Académico do Fundão, o Pedrógão quer continuar a sorrir. Esta é a segunda vez que este emblema participa na Taça de Portugal e o nome do adversário não assusta, apesar de ser dos escalões profissionais. “Estamos a encarar o jogo de forma tranquila, como mais um jogo que temos que realizar no nosso calendário. Sem qualquer alteração ao que fazemos no resto do tempo. Não é por ser uma equipa profissional que iríamos mudar o rumo dos acontecimentos. Aqui trabalhamos de forma profissional mesmo para as provas onde estamos inseridos. Para mim, pessoalmente, é mais um jogo. Para os jogadores, é um prémio merecido, mas com o mesmo sentido de responsabilidade” garante o timoneiro da equipa. André Matias garante que a equipa técnica, esta semana, em nada alterou as rotinas já existentes e promete uma equipa com “paixão, garra, sacrifício, determinação e força inesgotável” para tentar ganhar. E com “clareza mental” face ao oponente. “Sempre associei um pouco a persistência das pessoas ao sentido do destino” garante o treinador de 45 anos, há oito épocas no emblema raiano.

Domingo, quando às 15 horas a bola começar a rolar, “é deixar correr o motor mental. Depois, vemos o que dá. Para mim, e para eles, não existe outra forma de estar” assegura André Matias.

“Adeptos mereciam que fosse no nosso campo”

O jogo não se realiza na casa da equipa de Pedrógão. No sintético do campo Tenente Manuel de Morais. Por falta de dimensão do retângulo de jogo. Será ali perto, na sede de concelho, no estádio Municipal de Penamacor. A cerca de 11 quilómetros (pouco mais de dez minutos) de distância. Nada que tire o sono ao técnico beirão. “Jogo em qualquer circunstância, em qualquer lugar, sem medo, sem receios, sem nada a temer. São mais 90 minutos na vida, na vida dos meus jogadores e toda a estrutura. Não importa o lugar onde é, mas sim estarmos lá, na segunda eliminatória da Taça de Portugal” frisa André Matias. Um lugar que chegou por via de uma isenção na primeira ronda. Pena é que, diz, o clube e a própria aldeia não tenha a oportunidade de ver os craques da II Liga ali. “É o que é. Mas vamos lá estar para jogar bom futebol e dar espetáculo” assegura.

Por estes dias, na pequena aldeia raiana, com pouco mais de 500 habitantes, não se fala de mais nada, garante o técnico.  “A população está a reagir com muito entusiasmo. Somos pequenos em tudo, mas grandes em alma, amor, devoção e paixão por aquilo que fomos construindo ao longo destes anos. Eles merecem isto, mas mereceriam muito mais, mereciam que fosse no nosso campo, no campo deles” lamenta André Matias, que acredita que, dê no que der a eliminatória, 24 de setembro de 2023 será “um dia de festa”. “Isso já se nota esta semana. Não se fala de outra coisa. Quando eu partir, porque isso vai acontecer um dia, parto feliz, porque sei que os fiz feliz. Com ou sem troféus, contribuí com todos aqueles que me acompanharam para a felicidade destas pessoas” rejubila o treinador.

Oliveirense em Castelo Branco

Além do Pedrógão de São Pedro, são mais cinco as equipas da Beira Interior que entram em campo no domingo, nesta segunda eliminatória. Destaque para o Benfica e Castelo Branco, de Dani Matos, equipa do Campeonato de Portugal (CP) que recebe a Oliveirense, da II Liga, num reencontro com o técnico Fábio Pereira, que há quatro épocas atrás orientava o Oleiros.

Já o Sertanense, também do CP, recebe o Amarante, do mesmo escalão. O Vitória de Sernache recebe o Vianense, da Liga 3, e o Gouveia, do distrito da Guarda, desloca-se ao Alentejo, a Serpa (CP). O Sporting da Covilhã também desce aquela região para defrontar, em Évora, o Lusitano (CP). Todas as partidas são disputadas no domingo, 24, às 15 horas.

 

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