Visitar todos os espaços museológicos do concelho de Belmonte, incluindo já o Complexo Monumental de Centum Cellas, vai custar aos turistas 13 euros. O valor do bilhete geral foi aprovado por maioria na última reunião privada do executivo belmontense, na passada quinta-feira, 12, com o voto desfavorável do vereador da CDU, Carlos Afonso.
O tema já tinha sido levado à reunião pública, mas foi retirado com o presidente da autarquia, António Dias Rocha, a pedir que se agendasse de novo após ter uma reunião com o presidente da Empresa Municipal de Belmonte (EMPDS), Joaquim Costa. Na altura, o vereador da CDU exprimiu o seu desacordo com os preços praticados, nomeadamente o pagamento por parte de crianças a partir dos seis anos, apontando para os 12 anos a idade para que se começasse a cobrar bilhete. Além disso, Carlos Afonso também pediu uma redução mais significativa nos descontos a idosos, no bilhete geral, que era de 12 euros e contemplava um desconto de um euro. “Vêm muitos milhares de pessoas a Belmonte que não entram nos museus” lamentou o vereador, que discordou da proposta apresentada agora e, por isso, votou contra.
Na altura, Dias Rocha recordou que quando visitam outros concelhos, os idosos belmontenses também pagam. “Os que nos visitam também têm que pagar. Nós, até temos valores de bilhética abaixo da média nacional” frisou. Já o vice-presidente, Paulo Borralhinho, lembrou que crianças e idosos do concelho têm entrada gratuita em todos os espaços, e que estão previstos vários descontos, quer para famílias, quer para escolas.
Ou seja, com este preçário, visitar todos os espaços (Ecomuseu do Zêzere, Museu do Azeite, Museu Judaico, Museu das Descobertas, Igreja de Santiago, Panteão dos Cabrais, Castelo, Casa Etnográfica, Casa da Roda e Casa da Torre, estes três últimos em Caria), mais Centum Cellas, acresce um euro em relação ao que preçário que existia (12 euros). Caso os turistas queiram visitar apenas a torre romana, e a estrutura de apoio adjacente, pagam dois euros.
O Complexo Monumental de Centum Cellas, no Colmeal da Torre, passa assim a integrar a rede museológica gerida pela Empresa Municipal e passa a ter entrada paga. O torniquete no acesso pedonal ao monumento já está instalado. Em abril de 2024, a autarquia investiu (com apoio de fundos comunitários) cerca de 800 mil euros em obras de restauro da emblemática torre e abriu as portas do Centro Interpretativo, que conta as várias teorias sobre as origens da enigmática construção.
Para já, gratuita, continua a visita às ruínas romanas da Quinta da Fórnea, onde o município também pretende criar um centro interpretativo. “Temos que criar uma rede que faça com que conseguimos que, quem vem a Belmonte visitar-nos, possa cá ficar mais tempo” frisava em abril do ano passado, ao NC, António Dias Rocha.