Os museus geridos pela Empresa Municipal de Belmonte (quer os da vila, quer os de Caria) registaram um crescimento de cerca de 22% em 2023, face ao ano anterior, um número que o presidente da empresa, Joaquim Costa, considera “muito bom”, apesar dos efeitos negativos que o conflito no Médio Oriente teve no fluxo turístico do concelho.
“Ultimamente, muitos grupos que tínhamos de Israel e Estados Unidos, cancelaram visitas. Em outubro, por exemplo, tínhamos dez grupos confirmados, que anularam, e em novembro, quatro” explicou o responsável na última assembleia municipal, em que foram aprovados os documentos de gestão previsional para 2024, bem como os contratos-programa da autarquia com a Empresa relativos a 2023 e 2024 (pela maioria PS, e votos contra do PSD e CDU).
Joaquim Costa lembrou que 2019, o ano imediatamente anterior à pandemia, foi “o melhor de sempre” no que toca a receitas, cerca de 365 mil euros, que vieram a diminuir drasticamente nos dois anos seguintes, e que tiveram uma retoma em 2022 (222 mil euros) e 2023 (247 mil euros). Quanto ao número de visitantes, em 2019, foi de 149 mil, no que toca aos museus, um número que “queremos ultrapassar” no futuro, garante Joaquim Costa. O responsável lembra que a Empresa trabalha com 15 agências de viagens e tem protocolos com diversas entidades, como a TAP, GNR, finanças ou ACP, que inclui descontos de 10 a 15% no preço dos bilhetes. “Nunca houve aumento de preços, mas se calhar, temos que pensar nisso” afirma. Costa recorda que este movimento turístico tem evidentes ganhos para a população, nomeadamente no que toca à restauração. “O turista que nos visita acaba por alavancar a economia local” afirma, recordando que à segunda-feira, dia de fecho semanal dos museus, em Belmonte “está tudo fechado”, o que é ilustrativo do peso que este setor tem na vida económica local.
(Notícia completa na próxima edição papel do NC)