Vítor Pereira diz ter garantia de que obstetrícia na Covilhã não está em risco

O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, informou hoje ter falado “com quem tinha de falar” e afirmou ter “informação fidedigna” de que o serviço de urgência e obstetrícia do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHUCB) não está sinalizado para encerrar, mas acrescentou estar ao lado da Guarda e de castelo Branco contra essa possibilidade.

No final da reunião pública do executivo, durante a qual o assunto não foi abordado, questionado pela comunicação social, Vítor Pereira acentuou ser opinião da maioria e da oposição “pugnar para que no Interior de Portugal não haja encerramentos de quaisquer valências, de quaisquer serviços, designadamente desta importância, desta magnitude”.

“Estes são serviços essenciais, fundamentais para a valorização e a manutenção de pessoas no Interior de Portugal”, frisou o autarca, acrescentando que a região deve ser pensada “como um todo” e é fundamental que exista “esta coesão”.

O presidente do município covilhanense salientou que ter a informação de que a urgência obstétrica não está referenciada no estudo da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia-Obstetrícia e Bloco de Partos não conforta os reesposáveis do concelho, por estarem preocupados com “os vizinhos” da Guarda e Castelo Branco.

“Defendemos, de forma intransigente, conjuntamente com os nossos colegas da Guarda e de Castelo Branco, a manutenção desses três serviços”, sublinhou Vítor Pereira, depois de uma breve conversa, já após a reunião do executivo, com Pedro Farromba, eleito pela coligação CDS/PSD/IL.

Vítor Pereira enfatizou que o estudo elaborado por peritos para o Governo, ainda não divulgado publicamente, “é uma proposta, é uma opinião técnica”.

Sem mencionar quem lhe transmitiu a informação sobre as urgências de obstetrícia sinalizadas pelo estudo para encerrar, o presidente da Câmara da Covilhã mostrou-se seguro da garantia que lhe foi dada, mas “nada confortável” com o que é aventado para a Beira Interior.

“Já falei com quem tinha de falar sobre essa matéria e as informações que tenho a esse propósito são as de que esse não é um assunto que está, para já, na ordem do dia. É um assunto que vai ser analisado quando for e se for oportuno e não está prevista nenhuma decisão iminente relativamente essas matérias. De qualquer forma, isto não nos tranquiliza, porque o simples facto de existir um estudo que aponta para o encerramento das urgências de obstetrícia dos nossos vizinhos é preocupante, estejamos lá ou não estejamos lá”, reforçou.

Vários órgãos de comunicação social que afirmaram na quarta-feira terem tido acesso ao resultado do estudo apontaram para a recomendação do encerramento do serviço na Guarda e em Castelo Branco, o que originou de imediato vários protestos de responsáveis políticos, embora o jornal Expresso tenha referido o nome da urgência de obstetrícia da Covilhã.

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, veio a público garantir que o Governo não irá fechar nenhum serviço de obstetrícia e blocos de partos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde até ao final do ano, decisão a tomar no início de 2023.

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