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Vitória do desportivismo e do sofrimento

Sporting da Covilhã bate Amora por 2-0, depois de emprestar o autocarro para que o adversário pudesse estar no Santos Pinto. Num jogo nem sempre bem conseguido, na segunda parte os serranos tiveram que sofrer. Domingo, uma vitória sobre a Académica dá apuramento

Não foi fácil, longe disso. E o futebol apresentado nem sempre foi o melhor. Mas o objetivo principal foi atingido: somar três pontos e ficar a depender apenas de si para garantir um lugar na fase de acesso à subida de divisão da Liga 3. O Sporting da Covilhã bateu ontem, quarta-feira, 17, no Santos Pinto, o Amora por 2-0, num jogo em atraso da jornada 15 da série B, da Liga 3, que tinha sido adiado face ao falecimento, a 5 de janeiro, do presidente do clube, José Mendes.

Aliás, a morte do ex-dirigente foi lembrada no início da partida. No estádio, uma tarja dizia “Muito obrigado presidente”. A entrada em campo, da equipa da casa, foi com t-shirts alusivas ao líder diretivo, e no jogo, cada jogador atuou com o nome de José Mendes nas costas. O Amora também entregou um ramo de flores ao capitão, Gilberto, e foi cumprido um minuto de silêncio.

(Foto Liga 3)

Ainda antes de se dar o pontapé de saída, mais um gesto de desportivismo. O árbitro da partida, Flávio Lima, correu para o banco de suplentes dos serranos, chamou o dirigente Vítor Cunha, e mostrou-lhe o cartão branco, que distingue gestos de fair-play. O motivo: aquando da viagem da margem sul de Lisboa para a Covilhã, o autocarro do Amora avariou, e o Sporting da Covilhã disponibilizou o seu para ir buscar a equipa, de modo a que pudesse marcar presença no Santos Pinto. Evitando uma falta de comparência.

(Foto: Liga 3)

Depois, no campo, as duas equipas lutaram pelos três pontos, até porque, em caso de derrota, o Amora ficava matematicamente sem hipóteses de figurar entre os quatro primeiros lugares no fim desta primeira fase. O que viria a acontecer. Mas logo no minuto inaugural, foi a equipa forasteira a ameaçar, marcando um golo que seria anulado por fora de jogo. Um aviso aos serranos, que pegaram no jogo, e aos 9 minutos, também ameaçaram, num remate de Diogo Ferreira defendido, para a frente, por Rúben Rendeiro, com Adams a tentar a recarga, mas sem êxito. Aos 20 minutos, grande lance de Bruno Reis, na esquerda, assistência para Diogo Ferreira que, de fora da área, atirou em arco para uma estupenda defesa do guardião contrário, para canto. Um minuto depois, Elijah, em força, entrou na área, mas o remate foi travado por Rúben Rendeiro, para canto, e na sequência, o Covilhã marcou. Canto na direita, apontado por Michel, e Adams, de cabeça, a saltar mais alto que toda a gente e a inaugurar o marcador.

O Amora respondeu. Com perigo. Aos 37 minutos. Passividade da defesa serrana, cruzamento da direita, João Oliveira, na área, a amortecer de cabeça para Filipe Maio rematar, em boa posição, muito por cima da baliza de João Gonçalo. Aos 38, a vez de Elijah desperdiçar uma boa ocasião.

 

Guardião serrano evita empate

 

Na segunda parte, logo no primeiro minuto, gritou-se golo no Santos Pinto, quando Elijah, na esquerda da área, desviou um cruzamento para a baliza, com a bola a tocar na malha lateral e a dar sensação de golo. E, em termos ofensivos, o Covilhã ficou-se por aqui. A partir desse momento, foi o Amora a tomar conta do jogo, com os serranos a recolherem cada vez mais para o seu último reduto. E neste período, sobressaiu o guardião serrano, João Gonçalo, que por duas vezes, aos 56, e aos 81, negou o golo do empate aos homens do Amora, com duas grandes defesas, por instinto.

Com um “leão da serra” cada vez mais encolhido, e a sofrer, Alex Costa mexeu na equipa. Retirou os desgastados João Vasco e Diogo Ferreira, fazendo entrar Zé Tiago e Opeyemi, este último uma “cartada” certa, que ajudou o Covilhã a “respirar”, sempre que os serranos conseguiam sair em transição. E foi numa delas que o Covilhã matou o jogo. Elijah, que aos 83 pareceu tocado na área, em lance de possível grande penalidade, que não foi assinalada, surgiu, aos 86, bem posicionado num contra-ataque serrano, com Opeyemi a desenvolver a jogada pela esquerda, a isolar o ponta-de-lança nigeriano que, à saída de Rúben Rendeiro, desviou a bola, rasteira, para o fundo da baliza, acabando com as dúvidas.

(Foto: Liga 3)

Agora, no domingo, às 17 horas, o Covilhã, que assumiu a segunda posição da tabela (em igualdade pontual com Atlético e Sporting), sabe que se vencer o líder, Académica, garante um lugar na fase de subida. Não vencendo, adiará a decisão para a última jornada, em que se desloca às Caldas da Rainha.

 

 

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