O objetivo é mostrar que Portugal e Espanha podem, juntos, candidatar-se à realização de grandes eventos mundiais, segundo a organização. E isso fará com que, pela primeira vez na história da Volta à Espanha em bicicleta, a “Vuelta”, o distrito de Castelo Branco faça parte do percurso da importante prova velocipédica, uma das três maiores (a par do Tour e do Giro) a nível mundial.
A novidade foi adiantada pela organização no passado domingo, 17, em Madrid, que anunciou que em 2024 a “Vuelta” arranca em Lisboa, a 17 de agosto, em princípio, com um contrarrelógio entre a Torre de Belém e a Praia da Torre, no concelho de Oeiras. Seguem-se mais duas etapas em Portugal, no dia 18, entre Cascais e Ourém, e no dia 19, entre a Lousã e Castelo Branco.
Esta será a segunda vez que a “Vuelta” começa em Lisboa, depois de o mesmo ter acontecido em 1997, na altura, com o intuito de promover a Expo98, que se realizou na capital portuguesa.
Segundo dados fornecidos pela organização, a prova espanhola envolve atualmente uma caravana de cerca de três mil pessoas, a que corresponde um gasto médio de 150 euros por dia e por pessoa na semana anterior a cada etapa nos locais de origem de cada jornada da competição.
Além da caravana, a “Vuelta” é transmitida pela Rádio Televisão Espanhola (TVE) para 190 países, destacou ainda a organização da prova.
A Volta a Espanha deste ano terminou no passado domingo, com a vitória (a primeira na carreira) do norte-americano Sepp Kuss, da Jumbo-Visma, equipa que dominou a prova em toda a linha, tendo ainda o dinamarquês Jonas Vingegaard (vencedo do Tour nos últimos dois anos) ficado em segundo, e o esloveno Primoz Roglic (vencedor do Giro deste ano) sido terceiro.
Entre os portugueses (terminaram seis dos sete que estiveram à partida), João Almeida, da equipa Emirates, foi nono na geral, e Rui Costa, do Intermarché Wanty, ganhou uma etapa.