A três jornadas do fim do campeonato, o Sporting da Covilhã conseguiu no passado domingo mais um ponto precioso, com vista à manutenção na Liga 3. Frente ao líder da série 2 da fase de manutenção (e já tranquila) Académica, os serranos empataram a uma bola, depois de terem estado em vantagem, numa tarde de bom futebol, e com oportunidades de parte a parte. Os leões da serra têm agora mais quatro pontos que a primeira equipa em zona de descida, o Oliveira do Hospital, derrotado em casa (0-2) pela União de Santarém.
O Covilhã entrou mais forte na partida, a dominar, com diversas ações ofensivas em que o maior protagonista era aquele que foi considerado o homem do jogo no Santos Pinto, o jovem covilhanense Gui Paula. Foi dos seus pés que, aos 12 minutos, surgiu a primeira oportunidade de golo. Gui, na esquerda, furou pela área, aproximou-se da baliza e tentou um passe atrasado para um desvio de cabeça de Luís Oliveira que, contudo, chegou um “nadinha” atrasado ao passe açucarado do jovem avançado. A resposta da Briosa foi pronta. Aos 20 minutos, Vítor Bruno cruzou de “trivela”, da esquerda, e Duarte Carvalho, na pequena área, em excelente posição, cabeceou para as mãos do seguro João Gonçalo. Dois minutos depois, de novo o avançado da Académica a desperdiçar. Passe de Leandro Silva nas costas da defesa serrana, Zé Simão a não conseguir cortar de cabeça (bola passou-lhe por cima) e Duarte Carvalho, sozinho em frente ao guarda-redes do Covilhã, a deslumbrar-se e a atirar ao lado.
Não marcou a Académica, aproveitou o SC Covilhã para chegar à vantagem. Pelo homem que mais brilhou na tarde de domingo: Gui Paula. Jogada de entendimento pela direita, com Luís Oliveira a entrar na área e a cruzar rasteiro para um desvio, de primeira, de pé direito, do jovem covilhanense, que fez abanar as redes à guarda de António Filipe.
Os “estudantes” reagiram de imediato. Quase sempre pelo corpulento, mas irrequieto francês Ba-Sy. Aos 32, recebeu uma bola na direita da área, e rematou rasteiro, com perigo, para excelente defesa de João Gonçalo para canto. E aos 38, Ba-Sy, na esquerda, furou, desfez-se de Zé Simão e rematou, com perigo, à malha lateral. Pelo meio, o Covilhã desperdiçou a hipótese de ampliar. Jogada rápida na direita de Gui Paula (quem mais?), cruzamento para a área onde Lucas Duarte ainda consegue um desvio, mas demasiado frouxo, com a bola a acabar “morta” nas mãos de António Filipe.
No segundo tempo, o jogo continuou entretido, mas já com menos oportunidades de parte a parte. No entanto, aos 55, os leões da serra poderiam ter “matado” o encontro. Grande passe em profundidade de Konaté (jogo muito interessante do costa-marfinense) para Lucas Duarte, na direita, com este a encontrar do outro lado Gui Paula e a endossar-lhe a bola. Gui recebeu, desfez-se de um adversário, e em plena área, após excelente trabalho individual, atirou ao poste esquerdo da baliza academista. Nove minutos depois, a Académica empatou. Trabalho de Ba-Sy, na esquerda, com muita passividade da defensiva serrana, cruzamento e o marroquino Hachadi, no centro da área, a rematar de primeira para o fundo das redes à guarda de João Gonçalo, que pouco podia fazer.
Até final, o jogo perdeu espetacularidade, e só aos 86 minutos houve alguma emoção, quando Fuller, entretanto entrado na partida, conseguiu furar na zona central da defesa conimbricense, mas acabou por rematar demasiado alto, por cima da baliza contrária.
O SC Covilhã soma agora 13 pontos, na quarta posição, quatro acima do Oliveira do Hospital (primeira equipa em zona de descida) e mais seis que o último, Lusitânia. Na próxima jornada, domingo, 13, às 11 da manhã, o Covilhã recebe precisamente os açorianos e em caso de vitória pode garantir que, na próxima época, continua na Liga 3. Onde a Académica já tem lugar reservado, uma vez que é líder, com 21 pontos.
