Uma moção para que, num futuro próximo, “ninguém tenha que morar debaixo da ponte, como acontecia antes do 25 de Abril”. Foi isto que a Assembleia Municipal de Belmonte aprovou na passada quinta-feira, 28, em reunião ordinária, um documento apresentado pela deputada da CDU, Rosa Coutinho, que teve o voto favorável do seu partido, do PS e abstenção dos deputados do PSD.

A deputada comunista propôs “medidas imediatas de modo a que as pessoas não fiquem sem teto”, lembrando que o que o governo tem feito para que todos tenham uma habitação condigna “é insuficiente”.

A bancada da maioria PS votou a favor, embora o deputado Luís António Almeida tenha ressalvado que neste campo o governo “já está a trabalhar e a aplicar medidas”, considerando por isso o documento “um pouco desatualizado”. “Nem tudo está bem, mas também nem tudo está mal. Embora entendamos que a moção não está bem fundamentada, não a queremos inviabilizar, pelo que votamos a favor” disse o deputado “rosa”.

Pela bancada do PSD, que se absteve, Acácio Dias criticou o trabalho feito pelo executivo de António Costa neste campo. “As medidas até agora tomadas não resolvem nada. O governo prometeu milhares de habitações e não disponibiliza centenas” disse o deputado.

Uma prioridade do PT2030 para o concelho

A habitação é mesmo uma das prioridades do executivo belmontense nos próximos anos. No final da última reunião pública de Câmara, o vice-presidente da autarquia, Paulo Borralhinho, recordou que hoje, no concelho, “não há casas para arrendar”, e que, se se quer ter empresas a laborar no concelho, criando emprego para as pessoas, “se as queremos cá fixar, temos que ter casas”, considerando que tudo o que está ligado ao setor da habitação “urge resolver”