Naquele que foi o primeiro jogo do Sporting da Covilhã desde a morte do seu presidente, José Mendes (equipa entrou em campo com t-shirts com imagem do ex-líder estampada), a equipa não deixou boa figura, foi derrotada e saiu dos quatro primeiros lugares da classificação da série B da Liga 3, aqueles que dão acesso à disputa de subida de divisão. No sábado, os serranos foram derrotados em Tábua por 2-1, pelo Oliveira do Hospital, equipa que na primeira volta tinha perdido no Santos Pinto, mas que viu os três pontos chegarem-lhe, na altura, de “mão beijada”, uma vez que os leões da serra seriam posteriormente derrotados na secretaria, por utilização irregular de um atleta.
Desta vez, no campo, não se pode dizer que o Oliveira do Hospital tenha feito muito para ser feliz. Mas injusto também seria dizer que o Covilhã fizera mais. Nada disso. Num jogo triste, enfadonho, na primeira parte apenas dois lances foram dignos de registo: um cruzamento/remate, aos 13 minutos, de Diogo Ferreira, que quase entrava na quina da baliza (defesa atenta de Lucas Fernandes para canto) e, aos 28 minutos, um golo invalidado aos serranos por alegado empurrão de um avançado covilhanense a um defesa contrário. Do primeiro tempo, nada mais a registar.
No segundo tempo a partida teve mais emoção. E golos. A primeira ameaça foi da equipa da casa. Jogada pela esquerda por Valter Zacarias (dos melhores, e que viria a ser expulso no final por acumulação de amarelos), cruzamento para o lado contrário da área onde surgiu completamente solto Ricardo Dâmaso, que atirou ao poste. A resposta serrana foi a melhor, pois foi traduzida em golo. Jogada de envolvimento, aos 62 minutos, com Traquina a deambular da direita para o meio e a assistir na área Elijah, que atirou por cima do guardião do Oliveira do Hospital, abrindo o marcador.
Mesmo sem fazer uma exibição de encher o olho, o Covilhã estava na frente, mas durou pouco. Vieram as bolas paradas e, com isso, as dificuldades. Aos 68 minutos, canto na esquerda, bola para a área covilhanense onde, de cabeça, um jogador da casa ganha o duelo, e a redonda cai na pequena área onde Afonso Simão, mais lesto, a atira para o fundo das redes. Aos 80 minutos, balde de água gelada. Novo canto na esquerda, bola a sobrevoar toda a área serrana e Paulo Grilo, de pé esquerdo, a fazer um chapéu a toda a defesa e guardião covilhanense, com a bola a anichar-se na baliza.
Até final, os leões da serra ainda tentaram, pelo menos, trazer um ponto para casa, mas sem criarem perigo para o último reduto do Oliveira do Hospital que alimenta ainda ténues esperanças de entrar no grupo dos quatro primeiros (está a seis pontos do quarto, Alverca). Já o Sporting da Covilhã, com menos um jogo (que realiza esta quarta-feira, 17, às 15 horas, no Santos Pinto, frente ao Amora), cai para o quinto lugar, a um ponto do Alverca, e três de Atlético e Sporting B, equipas que neste momento estão em zona de play-off de subida (Académica já está apurada). Pelo que uma vitória esta quarta-feira, para a 15ª jornada, frente ao Amora, se torna quase obrigatória.
