Melhorar a eficiência energética através de substituição de caixilharias e de isolamento de paredes exteriores, mas também a remoção da cobertura de amianto, são os objetivos da reabilitação de um edifício de habitação social, no Bairro da Biquinha, no âmbito da Estratégia Local de Habitação (ELH), num investimento de 200 mil euros.

A visita à empreitada aconteceu na quinta-feira, 22, com a presença da vereadora da ação social da Câmara da Covilhã, Regina Gouveia, que destacou ser o último edifício do parque habitacional do município a ter amianto que, entretanto, já foi retirado.

“Não temos mais edifícios de habitação social com cobertura de amianto. Estamos também a melhorar aquilo que tem que ver com a eficiência energética, nomeadamente, o isolamento de paredes e substituição de caixilharia”, frisou a autarca.

No edifício estão a ser intervencionados 12 fogos, em que nove fazem parte do parque habitacional municipal e os outros três que foram adquiridos por moradores.

Regina Gouveia salientou que o levantamento foi feito “procurando ter uma atenção muito cuidada a problemas que tinham décadas”, que é o caso do edifício do Bairro da Biquinha que não era intervencionado desde 1993. “Estamos também a procurar resolver situações de problemas que estão em elevado estado de degradação e a intervir em relação a edifícios que estavam em ruína e que eram também ameaças em termos públicos”, explicou a vereadora.

Em declarações aos jornalistas, Regina Gouveia também destacou o trabalho feito pela equipa, “que é pequenina, mas muito consciente e empenhada nesta área e em todo este desafio que é enorme”. Espera-se que a obra seja finalizada até maio.

Além da empreitada no bloco habitacional no Bairro da Biquinha, outras obras estão a decorrer pelo concelho, nomeadamente na Rua do Souto, no Tortosendo; no Bairro do Rodrigo e na Rua Viriato, resultando num investimento total a rondar os 1,3 milhões de euros. Outras obras também já estão em concurso e totalizam cerca de sete milhões de euros.

As duas empreitadas que decorreram no Bairro da Alâmpada, na Boidobra, e que abrangeram 20 fogos, já foram concluídas e representaram um investimento de quase 600 mil euros.

A vereadora salientou que o município iniciou com a ELH “que se centrava na melhoria de condições na habitação social”, mas após o diagnóstico e aprofundamento para a Carta Municipal de Habitação concluiu-se que a autarquia “também devia ter estratégia para o arrendamento acessível”, explicou. A Câmara da Covilhã também se candidatou à Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário.

“Ao mesmo tempo que investimos, melhoramos condições, aumentamos a resposta na área da habitação. Seja para habitação social, seja para arrendamento acessível”, frisou Regina Gouveia.

Todos estes investimentos na área da habitação têm um valor total que ultrapassa os 20 milhões de euros e têm de ser realizados até 2026.