O incêndio que deflagrou ao início da tarde de sexta-feira em Carrascal, Castelo Branco, provocou uma vasta extensão de zona ardida e chegou ao concelho de Proença-a-Nova, onde tem três frentes de fogo ativas.

Ao final da manhã deste sábado as chamas estavam a ser combatidas por 18 meios aéreos, 909 operacionais e 301 veículos de apoio, segundo a Autoridade Nacional de Segurança e Proteção Civil.

O vento está a dificultar as operações e fonte da Proteção Civil informou terem sido pedidos a Espanha reforços de meios aéreos para combater o incêndio.

O Comando Territorial da GNR de Castelo Branco adiantou que, durante a noite, foram retiradas algumas pessoas de casas isoladas ou situadas na periferia de localidades, mas, na maioria dos casos, já “regressaram às suas habitações”.

O vento e as características do terreno estão a condicionar o combate ao incêndio que deflagrou pelas 15:00 de sexta-feira numa zona de floresta próximo da aldeia de Carrascal, Santo André das Tojeiras, no concelho de Castelo Branco.

Nos locais onde o fogo já foi dominado estão três batalhões de militares a fazerem vigilância.

Durante a manhã, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Lobo, frisou que a situação está “muito difícil” e sem perspetiva de resolução.

Uma das frentes passou a zona das Moitas e dirige-se para a localidade de Pergulho, outra evolui no sentido de Vale da Mua, e uma terceira está próxima de Sobral Fernando, referiu.

Segundo João Lobo, face à evolução, o incêndio poderá entrar nos concelhos vizinhos de Vila Velha de Ródão e de Mação.

No concelho de Castelo Branco, grande parte do perímetro “está em fase de rescaldo”, mantendo-se uma zona com uma frente ativa e que ainda motiva preocupação, disse à Lusa o presidente da Câmara Municipal, Leopoldo Rodrigues.