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O que fazer com “maior ponto negro” de Manteigas?

Demolir ou reconverter as pistas sintéticas de esqui? A decisão não está tomada e o presidente do município admite criar grupo de trabalho para estudar a melhor solução para o local

O presidente da Câmara Municipal de Manteigas, Flávio Massano, admite criar um grupo de trabalho que estude qual a melhor solução para o local onde está implementada uma pista sintética de esqui, entretanto quase totalmente demolida após ter ardido no grande incêndio do verão de 2022. A hipótese foi admitida na última reunião pública do executivo, depois do assunto ter sido de novo abordado pelo vereador do PS, Tomé Branco.

O vereador “rosa” disse ser necessário debater a necessidade, ou não, de um equipamento “diferenciador no concelho”, numa altura em que há cada vez menos neve, quer em Portugal, quer na Serra da Estrela, perguntando se não faria sentido ter no Skiparque (Relva da Reboleira) um equipamento que promovesse a aprendizagem de desportos de inverno. “Se a pista não serve, porque razão a Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP) pretende construir uma estrutura semelhante nas Penhas da Saúde” perguntou Tomé Branco.

Pelo PSD, o vereador Nuno Soares recordou que toda a estrutura foi construída por privados, a quem o município apenas cedeu terrenos, e por isso, “sem qualquer custo” para a autarquia, se bem que quem construiu, explorou o equipamento durante duas décadas. “Esse tipo de parceria é uma das possibilidades, ou então, a Câmara promover diretamente o investimento. Seja como for, este é um tema que está há demasiado tempo em cima da mesa. Não podemos deixar arrastar o estado de degradação que ali se vê, que é, talvez, o maior ponto negro do concelho. E que está logo à vista de quem nos visita, e não é isso que temos para oferecer aos turistas” disse.

O presidente da autarquia, tal como tem vindo a dizer, garante que não há ainda nenhuma decisão sobre o local. E admite várias soluções que, diz, têm que ser discutidas. “A minha opinião mantém-se a mesma: tenho dúvidas sobre ter uma pista de esqui lá. Lembro bem como funcionou no início, no meio e fim. Mas não sou alheio ao que sugerem. Devemos discutir e vir. A fazer uma pista, para mim teria ser sempre de aprendizagem. A que lá estava era muito perigosa e para ser de âmbito profissional, exige um avultado investimento. O ideal seria haver um investidor privado, mas não sei se é possível. O que não se pode é investir mais de dois milhões de euros que depois não sirvam para nada” afirma Flávio Massano.

Já sobre o projeto da FDIP, o autarca diz conhecer a intenção. “É para uma mini-pista de aprendizagem, nas Penhas da Saúde, onde já têm uma pista de gelo. O haver ou não em Manteigas, não lhes retira a intenção. Além disso também estão a preparar uma pista gigante de gelo em Lisboa, para grandes competições” revelou Flávio Massano.

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