Os deputados da Assembleia Municipal de Belmonte aprovaram por maioria, na última reunião do órgão (a bancada do PSD absteve-se, tal como a deputada da CDU) a contração de um empréstimo de curto prazo para 2023, no valor de 500 mil euros, feito à Caixa de Crédito Agrícola, uma das duas entidades (a par do Santander Totta) que se disponibilizaram a conceder crédito, das quatro que a autarquia contactou.

Segundo António Dias Rocha, uma verba que tem como objectivo dar “alguma folga em termos de tesouraria” e é uma prática comum da Câmara nos últimos anos. “É por um ano, e sempre o temos feito, para fazer face à tesouraria” frisa.

Já o vice-presidente da autarquia revelou na reunião do executivo em que o mesmo foi aprovado que a Caixa de Crédito Agrícola apresentou a proposta mais baixa. “Estamos a falar de um encargo total de 6 mil e 600 euros, para fazer face a despesas de curto prazo, e arrancarmos para o novo ano com alguma estabilidade e segurança” afirma o vice-presidente da Câmara, Paulo Borralhinho.

Na Assembleia Municipal, o PSD, através do seu líder de bancada, António Cardoso Marques, disse entender a medida, mas mostrou preocupação. “Compreendemos que é uma necessidade de tesouraria, mas preocupa-nos que não tenhamos ainda criado condições para não ter que recorrer a empréstimos” disse. Além disso, o deputado revelou apreensão pelo facto de quatro entidades bancárias terem sido contactadas, e “apenas duas apresentarem propostas”.

Mapa de pessoal aprovado

Também o Mapa de Pessoal para 2023 foi aprovado por maioria, mas aqui apenas com abstenção da CDU, já que o PSD votou contra.

Segundo os deputados “laranjas”, um mapa que envolve um aumento de custos na ordem dos 20 por cento, cerca de 400 mil euros, e prevê a contratação de 18 pessoas.

O presidente da autarquia, António Dias Rocha, garante que é um quadro de pessoal “igual ao do ano passado”, mas que custará mais dinheiro. “Há aumentos, pois há técnicos que passaram a ganhar mais tendo em conta a sua progressão em termos de carreira” frisa.