Um ator que interpreta um cientista, acompanhado dos estereótipos associados a essa imagem, vai percorrer até à próxima terça-feira, 16, escolas de quatro agrupamentos da Covilhã e um de Fornos de Algodres para sensibilizar os alunos do 5.º e 6.º anos para os problemas ambientais e incentivá-los a adotar comportamentos mais sustentáveis.
Esta é a premissa do novo espetáculo da companhia covilhanense ASTA – Associação de Teatro e Outras Artes, “Desafios (im)possíveis”, que iniciou o périplo quarta-feira no Agrupamento A Lã e a Neve com uma peça que tem como objetivo não parecer sê-lo.
“Pretende-se que quase não pareçam espetáculos, mas algo sério, que pareça uma conferência. É como se fosse uma espécie de Einstein a alertar para os problemas ambientais e para o que estamos a fazer ao mundo”, explicou Rui Pires, da ASTA.
O objetivo, segundo este responsável, é “descodificar a linguagem tão específica da ciência e alertar as crianças para as situações de emergência ambiental”, como a poluição, a importância da água, dos recursos naturais, e fazer das crianças agentes de mudança e veículo dessa informação junto das pessoas com quem se relacionam.
“A ideia é chamar a atenção e provocar neles a vontade de salvar o planeta, de terem a missão de adotarem comportamentos sustentáveis e que, de alguma forma, ajudem a passar a mensagem começou dia 10, tem duas sessões previstas para esta sexta-feira, 12, no Teixoso, e segunda e terça-feira, 15 e 16, mais duas apresentações por dias para alunos da Escola Pêro da Covilhã.
Rui Pires pormenorizou que o ator António Abernú vai representar o papel de um cientista e ativista ambiental que fala sobre a reutilização de borras de café e a mais-valia que representa beber água da torneia, ao mesmo tempo que faz uma retrospetiva sobre a civilização no planeta e menciona estatística e dados, para provocar uma reflexão.
O intuito foi criar um conceito pedagógico “intimista, para criar proximidade com os alunos” e a possibilidade de discussão.
“Sendo eles os poluidores do futuro, é importante reforçar essa consciência”, frisou Rui Pires, que acentuou a componente educativa, mas também a forma divertida como “assuntos tão sérios” são abordados.
Nas sessões, cada uma com a duração de 30 minutos, o ator, que assume a personagem de um cientista, “vai envolvendo o público e confrontando-o com dados, situações, factos reais e científicos sobre o abuso, os danos e a exploração a que o planeta onde vivemos está sujeito”.
