O presidente da Câmara de Penamacor, António Luís Beites, acredita que o concelho tem condições para crescer e se valorizar, depois de, por fruto quer da pandemia, quer da fixação de emigrantes, se ter criado “um novo paradigma” no concelho.
O autarca, no sábado, 31 de maio, em cerimónia antecipada do Dia do Concelho, que se comemora a 1 de junho, realçou as oportunidades que se criaram no território, com população flutuante, e que vive muito do teletrabalho, a fixar-se, tal como alguns cidadãos estrangeiros, que já representam uma percentagem considerável da população. Em fim de mandato, Beites disse que o desafio é criar condições para que as oportunidades criadas “se tornem reais” para o território, para as pessoas e famílias, pois “temos condições maravilhosas, em termos de património, natureza e ambiente” frisa à RCB.
O município distinguiu o empresário Armando Martins, nascido em Penamacor, em 1948, mas que fez sucesso no Brasil, apostou no setor imobiliário em Portugal, constituiu o grupo Fibeira e é hoje um dos maiores colecionadores de arte do País. Dono da Estalagem Vila Rica, na vila, para a qual ainda não tem destino definido, Armando Martins é também proprietário do Palácio Condes da Ribeira Grande, em Lisboa, onde instalou, e inaugurou recentemente o Museu de Arte Contemporânea Armando Martins, que conta com mais de 600 obras de arte desde o final do século XIX à atualidade. “Foi este contributo que pretendi dar ao nosso País. Se Penamacor se acha honrada por isso, fico muito contente por isso. Acho que não mereço tal” disse o homenageado com a medalha de mérito municipal. Recordando a infância, Armando Martins mostrou orgulho nas origens. “Fiz a escola em Penamacor e foi aqui que fiz os meus amigos primeiros, e, portanto, considero-me aqui de Penamacor”, garante.
