O balcão da Caixa de Crédito Agrícola de Caria, a única instituição bancária da vila, vai encerrar. Pelo menos, foi isso que os responsáveis da instituição deram a conhecer ao presidente da Câmara, António Dias Rocha, durante uma reunião que tiveram com o autarca.

Na reunião do executivo belmontense da passada quinta-feira, 29, Dias Rocha lamentou a notícia, disse ter tentado demover os responsáveis, mas “penso que não há nada a fazer”.

O presidente da Câmara mostra “profunda preocupação” com este fecho, que deve ocorrer no início do mês de julho, e frisa que este “não é um bom sinal para a economia do concelho quando as instituições bancárias fecham”. Dias Rocha recorda o momento em que o encerramento é anunciado, em que estão anunciados vários investimentos para a vila, como a estrutura residencial (habitação colaborativa) para 60 idosos, um bairro de 50 casas ao abrigo da Estratégia Local de Habitação, e quando várias empresas “já apresentaram ideias para dinamizar Caria. Pode ser que se venham a arrepender”, disse o autarca. O autarca reconhece que uma vila como Caria “precisa de uma instituição bancária”, e que, apesar de lhe ter sido garantido que a caixa multibanco se iria manter, isso “não chega, claro”.

Carlos Afonso, vereador da CDU, lamentou que neste, como em outros casos, os bancos ponham os interesse económicos à frente dos interesses das pessoas.