“No máximo dentro de um mês” a primeira fase do Laboratório de Desportos de Inverno estará aberta ao público, na Covilhã, em instalações da Universidade da Beira Interior (UBI), junto ao polo IV, no Sineiro. O espaço está pronto e prestes a servir de ponto iniciação às modalidades, assim como centro de experimentação para alunos e possível local para investigação científica.
A informação foi adiantada pelo presidente da Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP), Pedro Flávio, na noite de sábado, 30, durante a gala anual da federação, que decorreu na Pista de Gelo das Penhas da Saúde, na Serra da Estrela, local no verão convertido em espaço de eventos, e que em 1 de novembro volta a ter o piso para a prática desportiva
Segundo Pedro Flávio, o Laboratório, que resulta de uma parceria entre a federação e a universidade, tem montadas uma pista sintética de aprendizagem de esqui e de snowboard,
duas pistas sintéticas de curling, um circuito de roller ski e uma área para a introdução ao snowboard Freestyle.
Depois de o Laboratório estar em funcionamento vai ser instalada uma pista sintética para a prática de hóquei e de patinagem no gelo e foi feita uma candidatura conjunta da FDIP e da
UBI, ao Turismo de Portugal, para a aquisição de um simulador de esqui e de snowboard, com um ecrã gigante e ajustável ao nível do utilizador.
O dirigente tinha adiantado ao NC que se trata de um equipamento que representa um custo entre os 80 e os 90 mil euros e recorre a tecnologia, através de um monitor ligado a um sistema informático e a uma plataforma hidráulica, para experimentar a sensação e testar técnicas de deslize no esqui e no snowboard, utilizando em simultâneo calçado apropriado ao equipamento.
Pedro Flávio informou ter sido feito há dias um teste com alunos do primeiro ano do curso de Ciências do Desporto às estruturas já montadas “e funcionou bastante bem”, referiu.
“Será, com toda a certeza, um equipamento inovador, porque permite a prática destas modalidades, ainda que numa vertente de introdução às modalidades, em pista sintética, sem
dimensão significativa para praticar estes desportos”, considerou Pedro Flávio.
O presidente da federação entende que o Laboratório de Desportos de Inverno “tem um potencial enorme” e acrescenta que vai estar aberto, além de a atletas e escolas, à população em geral e à comunidade académica. “É uma mais-valia que ficará aberta não só aos alunos, que veem alargadas as modalidades que podem experimentar, como à comunidade em geral. É uma mais-valia para todos”, acentuou o reitor da UBI, Mário Raposo, presente na gala da FDIP.
“O que estamos a fazer é a conciliar num só espaço um conjunto de modalidades de inverno e abri-lo à comunidade e à comunidade académica”, frisou Pedro Flávio.
Quando o simulador estiver também disponível, o responsável explicou que “pode ser programado para uma pessoa que nunca experimentou ou para um atleta de elite”. “É uma forma de treinar alguma técnica, é bastante físico e também adaptável”, referiu Pedro Flávio, que destacou ainda a possibilidade de o Laboratório poder vir a ser um local com condições para ser desenvolvida investigação, por exemplo através da recolha de dados, além de promover a iniciação às modalidades.
No Laboratório de Desportos de Inverno podem ser treinadas manobras, movimentos, remates à baliza, passes e outros gestos técnicos.
