O vice-presidente da Câmara de Belmonte, Paulo Borralhinho, reconhece que o espaço junto ao rio Zêzere que durante alguns anos foi considerado a praia fluvial da vila “podia ser melhor aproveitada”. A resposta dada à deputada do PSD, Margarida Paiva, que considerou que o local está “ao abandono” e que este é “mais um exemplo que o concelho está a regredir”.

Borralhinho reconheceu que o espaço não está cuidado, mas que neste verão duas associações o usaram para acampamentos, e que a parte dos balneários e casas de banho está operacional, faltando, contudo, arranjar toda a envolvente ao rio. “Não a consideramos (praia fluvial) como tal, mas faremos lá alguma coisa logo que possível. É um espaço verde ao abandono e também eu acho que podia ser melhorado” disse o autarca.

Margarida Paiva apontou ainda várias temáticas em que “é preciso fazer mais”, como a valorização do criptojudaísmo, que depois de há três anos ter sido considerado uma das maravilhas de Portugal, não foi “um tema desenvolvido. Foi esquecida essa vitória”. Em termos turísticos, a deputada disse que não são criadas condições adequadas para receber visitantes, perguntou pelo Plano Estratégico de Turismo encomendado pela autarquia, e também criticou a falta de investimento na Quinta das Pereiras, nomeadamente na estrada, onde passa “cada vez mais gente”, dizendo que o trânsito a pesados deveria ser proibido, de modo a evitar ali constrangimentos. Também a recolha de lixo, diz, é deficitária, algo que também o presidente da Junta de Caria, Silvério Quelhas, lamentou. “Em julho e agosto foi o caos” disse o autarca.

Paulo Borralhinho garantiu que todas as preocupações no que diz respeito à atividade turística “estão a ser acompanhadas, sabemos o que estamos a fazer, pois não se faz tudo de um dia para o outro”. E que na questão da recolha de lixo, o contrato com a empresa que hoje faz a recolha está a findar. “Vai ser lançado um novo concurso e teremos em conta essas questões para que funcione melhor” assegura.